A OMB É LEGAL?
Debate sobre a OMB em Vilhena
* Por João Regert
Foi realizado ontem (20/02/2008) na Associação dos Moradores do Setor 6 um debate sobre a atuação da OMB em Vilhena e consequentemente no estado de Rondônia. O debate, marcado para as 18 h, teve início às 18:42 quando Valdir Alberto, músico e apresentador de TV, expôs a sua preocupação diante às exigências da OMB, que, segundo ele e várias pessoas presentes na reunião, não condiz com a realidade da qual a maioria dos músicos vilhenenses vivem.
O valor para confecção da carteira, primeira anuidade e taxas para burocracia, que no total é R$ 220,00, que é inviável para muitos músicos da cidade, além de não se ver nenhuma vantagem clara ao adquirir a carteira, a não ser o fato que se pode tocar sem a interferência indesejada de um fiscal.
Na reunião estava presente o Sr. Roberlei, advogado, que ali estava para prestar esclarecimentos jurídicos aos músicos presentes. Foram apresentadas à ele liminares que foram concedidas em outros estados favorecendo à músicos que se põe contra às exigências, às vezes arbitrárias, da OMB. Ele se dispôs a estudar possíveis recursos a favor dos músicos que se sentirem cerceados pela atuação da instituição no município de Vilhena.
O maestro Ronis Salustiano, delegado da OMB em Vilhena também se fez presente na reunião, o que ajudou a elucidar várias dúvidas dos músicos presentes. Ele explicou que a OMB quer regularizar a profissão de músico em nossa região, promete vantagens aos músicos como convênios como comércio entre outros fatores. Também falou que é uma forma de “proteger” os músicos locais contra músicos “irregulares de fora que tomam o lugar de músicos regularizados no município”.
A reunião foi bastante produtiva, já que muitos músicos da cidade não conheciam o delegado regional (e a recíproca é verdadeira) e puderam saber mais sobre a atuação da OMB não só no estado como no país todo. A maior crítica ficou clara que é a cobrança de um valor que não condiz com a realidade financeira de vários músicos do município e também da não clareza de alguns aspectos positivos que a OMB poderia apresentar. Fora o fato de que o delegado citou sobre a questão da aposentadoria como músico, que só seria possível para quem dispõe da carteira da ordem, algo que foi corrigido por um senhor que é aposentado como músico, mas não precisou apresentar a carteira da ordem para tal. Bastou cumprir com suas obrigações previdenciárias. Esse fator deixou claro que ainda existem pontos obscuros que deixam fazem muitos músicos fazerem a carteira de músicos mais por receio do que por livre e espontânea vontade.
No fim do debate o maestro Ronis prometeu a visita do presidente do conselho regional da Ordem para semana que vem (a que era prometida para essa semana) para elucidar os pontos que ficaram obscuros ainda nesta reunião, que com certeza foi a primeira de muitas outras de interesse para os músicos locais.
Como citado o saldo do debate foi positivo, com a abertura de diálogo aberta pelo representante regional da OMB, Sr. Ronis, e também com atitudes positivas como a de Valdir Alberto, que é a de reunir artistas para fazer valer seus direitos e esclarecer dúvidas que afetam a todos os interessados. E tudo acontecendo em um clima cordial e informativo, como todo bom debate deve ser.
***
CIRCUITO FORA DO EIXO
O novo rock do Brasil
* Por Fernando Rosa, editor do site Senhor F
Foi na segunda metade dos anos 90 que toda uma geração de músicos brasileiros começou a perceber que havia algo de podre no reino da indústria fonográfica. A expansão do acesso à internet e às novas tecnologias possibilitou uma troca de informações sobre a música produzida fora do mainstream como nunca antes havia acontecido. A produção independente começou a circular a uma velocidade crescente e logo foi possível constatar que o que havia de melhor, mais criativo e genuíno na música jovem feita no Brasil estava à margem das grandes gravadoras e estações comerciais de rádio.
Por um breve momento, acreditou-se que a circulação da música independente seria uma chance de renovação do mercado, com a aposta das gravadoras em novos nomes dessa emergente cena. Essa crença durou pouco, felizmente. Rapidamente, essa mesma geração de artistas descobriu que havia um caminho próprio para trilhar, longe de uma visão desgastada da indústria, e assumiu de vez sua condição de independente. Hoje, apenas uma década depois do início dessa revolução musical, existe no Brasil um grande movimento de bandas, produtores, jornalistas e pessoas interessadas em nova e boa música, fazendo a cultura da música jovem brasileira avançar.
As novas tecnologias possibilitaram não só a divulgação da música, mas também o lançamento de discos cada vez mais bem produzidos, dando qualidade técnica à criatividade dos músicos. Com isso, selos surgiram e começaram a dar corpo a um mercado paralelo. Ao mesmo tempo, produtores de festivais independentes passaram a realizar eventos por todo o país, o que levou à criação, em 2006, da Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin). Hoje, os festivais servem de plataforma para centenas de bandas, contribuindo para a divulgação da nova música e formação de público.
Esta coletânea inédita que a Brazuca disponibiliza para download livre (http://www.magazinebrazuca.blogspot.com/) é uma prova da qualidade e diversidade da música produzida hoje no cenário independente brasileiro. Nela estão artistas e bandas dos mais diferentes estados do Brasil, do Rio Grande do Sul ao Acre, passando pelo Mato Grosso e Goiás, entre outros. No som, um rock moderno, de variadas tonalidades, com uma poética sintonizada com os novos tempos do país e do mundo. Um cenário tão rico que pode render, certamente, muitas outras coletâneas, tão boas como essa, com seleção da Agência & Revista Senhor F – que acompanha esse processo desde o final dos anos noventa.
Texto publicado originalmente no blog Magazine Brazuca:
http://magazinebrazuca.blogspot.com/2008/02/cest-quoi-ce-nouveau-rock-brsilien.html
***
CALOURADA
Quem vem com tudo não cansa! Calourada UNIR 2008
Publicado originalmente no blog do Projeto Beradeiros
Começo de ano letivo acadêmico é tempo de receber os novos alunos. A Universidade Federal de Rondônia, tradicionalmente, oferece uma festa á calourada na escadaria da Unir Centro, e a desse ano acontecerá nessa sexta-feira dia 23/02 a partir das 20:00h com a participação de artistas como Ronildo, Hey Hey Hey, Kilowatts, Banda Ruassaf e MHF- Hip- Hop. Compareça, prestigie, leve tintas e coisas pra cortar cabelo, afinal, os “Bixos” merecem atenção e cuidados especiais com o visual, você não acha?!
Debate sobre a OMB em Vilhena
* Por João Regert
Foi realizado ontem (20/02/2008) na Associação dos Moradores do Setor 6 um debate sobre a atuação da OMB em Vilhena e consequentemente no estado de Rondônia. O debate, marcado para as 18 h, teve início às 18:42 quando Valdir Alberto, músico e apresentador de TV, expôs a sua preocupação diante às exigências da OMB, que, segundo ele e várias pessoas presentes na reunião, não condiz com a realidade da qual a maioria dos músicos vilhenenses vivem.
O valor para confecção da carteira, primeira anuidade e taxas para burocracia, que no total é R$ 220,00, que é inviável para muitos músicos da cidade, além de não se ver nenhuma vantagem clara ao adquirir a carteira, a não ser o fato que se pode tocar sem a interferência indesejada de um fiscal.
Na reunião estava presente o Sr. Roberlei, advogado, que ali estava para prestar esclarecimentos jurídicos aos músicos presentes. Foram apresentadas à ele liminares que foram concedidas em outros estados favorecendo à músicos que se põe contra às exigências, às vezes arbitrárias, da OMB. Ele se dispôs a estudar possíveis recursos a favor dos músicos que se sentirem cerceados pela atuação da instituição no município de Vilhena.
O maestro Ronis Salustiano, delegado da OMB em Vilhena também se fez presente na reunião, o que ajudou a elucidar várias dúvidas dos músicos presentes. Ele explicou que a OMB quer regularizar a profissão de músico em nossa região, promete vantagens aos músicos como convênios como comércio entre outros fatores. Também falou que é uma forma de “proteger” os músicos locais contra músicos “irregulares de fora que tomam o lugar de músicos regularizados no município”.
A reunião foi bastante produtiva, já que muitos músicos da cidade não conheciam o delegado regional (e a recíproca é verdadeira) e puderam saber mais sobre a atuação da OMB não só no estado como no país todo. A maior crítica ficou clara que é a cobrança de um valor que não condiz com a realidade financeira de vários músicos do município e também da não clareza de alguns aspectos positivos que a OMB poderia apresentar. Fora o fato de que o delegado citou sobre a questão da aposentadoria como músico, que só seria possível para quem dispõe da carteira da ordem, algo que foi corrigido por um senhor que é aposentado como músico, mas não precisou apresentar a carteira da ordem para tal. Bastou cumprir com suas obrigações previdenciárias. Esse fator deixou claro que ainda existem pontos obscuros que deixam fazem muitos músicos fazerem a carteira de músicos mais por receio do que por livre e espontânea vontade.
No fim do debate o maestro Ronis prometeu a visita do presidente do conselho regional da Ordem para semana que vem (a que era prometida para essa semana) para elucidar os pontos que ficaram obscuros ainda nesta reunião, que com certeza foi a primeira de muitas outras de interesse para os músicos locais.
Como citado o saldo do debate foi positivo, com a abertura de diálogo aberta pelo representante regional da OMB, Sr. Ronis, e também com atitudes positivas como a de Valdir Alberto, que é a de reunir artistas para fazer valer seus direitos e esclarecer dúvidas que afetam a todos os interessados. E tudo acontecendo em um clima cordial e informativo, como todo bom debate deve ser.
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CIRCUITO FORA DO EIXO
O novo rock do Brasil
* Por Fernando Rosa, editor do site Senhor F
Foi na segunda metade dos anos 90 que toda uma geração de músicos brasileiros começou a perceber que havia algo de podre no reino da indústria fonográfica. A expansão do acesso à internet e às novas tecnologias possibilitou uma troca de informações sobre a música produzida fora do mainstream como nunca antes havia acontecido. A produção independente começou a circular a uma velocidade crescente e logo foi possível constatar que o que havia de melhor, mais criativo e genuíno na música jovem feita no Brasil estava à margem das grandes gravadoras e estações comerciais de rádio.
Por um breve momento, acreditou-se que a circulação da música independente seria uma chance de renovação do mercado, com a aposta das gravadoras em novos nomes dessa emergente cena. Essa crença durou pouco, felizmente. Rapidamente, essa mesma geração de artistas descobriu que havia um caminho próprio para trilhar, longe de uma visão desgastada da indústria, e assumiu de vez sua condição de independente. Hoje, apenas uma década depois do início dessa revolução musical, existe no Brasil um grande movimento de bandas, produtores, jornalistas e pessoas interessadas em nova e boa música, fazendo a cultura da música jovem brasileira avançar.
As novas tecnologias possibilitaram não só a divulgação da música, mas também o lançamento de discos cada vez mais bem produzidos, dando qualidade técnica à criatividade dos músicos. Com isso, selos surgiram e começaram a dar corpo a um mercado paralelo. Ao mesmo tempo, produtores de festivais independentes passaram a realizar eventos por todo o país, o que levou à criação, em 2006, da Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin). Hoje, os festivais servem de plataforma para centenas de bandas, contribuindo para a divulgação da nova música e formação de público.
Esta coletânea inédita que a Brazuca disponibiliza para download livre (http://www.magazinebrazuca.blogspot.com/) é uma prova da qualidade e diversidade da música produzida hoje no cenário independente brasileiro. Nela estão artistas e bandas dos mais diferentes estados do Brasil, do Rio Grande do Sul ao Acre, passando pelo Mato Grosso e Goiás, entre outros. No som, um rock moderno, de variadas tonalidades, com uma poética sintonizada com os novos tempos do país e do mundo. Um cenário tão rico que pode render, certamente, muitas outras coletâneas, tão boas como essa, com seleção da Agência & Revista Senhor F – que acompanha esse processo desde o final dos anos noventa.
Texto publicado originalmente no blog Magazine Brazuca:
http://magazinebrazuca.blogspot.com/2008/02/cest-quoi-ce-nouveau-rock-brsilien.html
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CALOURADA
Quem vem com tudo não cansa! Calourada UNIR 2008
Publicado originalmente no blog do Projeto Beradeiros
Começo de ano letivo acadêmico é tempo de receber os novos alunos. A Universidade Federal de Rondônia, tradicionalmente, oferece uma festa á calourada na escadaria da Unir Centro, e a desse ano acontecerá nessa sexta-feira dia 23/02 a partir das 20:00h com a participação de artistas como Ronildo, Hey Hey Hey, Kilowatts, Banda Ruassaf e MHF- Hip- Hop. Compareça, prestigie, leve tintas e coisas pra cortar cabelo, afinal, os “Bixos” merecem atenção e cuidados especiais com o visual, você não acha?!
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