Monday, April 23, 2007


#13 - Espaço Cubo festeja seus cinco anos nesta terça
*Por Cubo Comunicação

O Espaço Cubo - entidade realizadora do Festival Calango, Grito Rock, Semana da Música e outros, comemora neste mês de abril cinco anos de trabalhos prestados para a cultura do estado. E em comemoração à data, realizará nesta terça, 24 de abril, um evento de celebração.

O local será a Casa Fora do Eixo, empreendimento cultural lançado na última terça, 17, no bairro Boa Esperança (antigo Bar do Neurô). No cardápio de atrações, shows das bandas Macaco Bong, Lord Crossroad, The Melt, Asthenia, Pleyades, Chilli Mostarda, Snorks, Dop Dick, Licotype, Lazy Moon, além de Ebinho Cardoso Trio e Dj Taba e Linha Dura.

O evento terá início às 20h, e além das atrações musicais, uma mostra e vídeo será promovida pela Próxima Cena – frente de audiovisual do Espaço Cubo.

ESPAÇO CUBO

Instituto cultural formado desde 2002 por estudantes de comunicação e profissionais da música. O intuito foi o constituir uma alternativa à produção cultural em MT, através da valorização produção autoral.

Para isso, desenvolveu um método de trabalho composto por frentes gestoras (Festivais, Próxima Cena, Imprensa de Zine e Volume), responsáveis pela concepção e debate sobre políticas públicas que pensem os diferentes campos da cultura, além de uma frente mercadológica – o Cubo Mágico - atuante exclusivamente no mercado independente, cujos trabalhos se dão no âmbito da Comunicação, Sonorização, Discos e Eventos.

Além dos festivais e eventos semanais, considerados excelências no país hoje, uma dos principais empreendimentos sociais do Cubo foi a criação de um sistema de crédito próprio, nomeado Cubo card. O CC nasceu da necessidade de se estabelecer alternativas para a viabilidade econômica dos projetos, já que o mesmo se baseia na força produtiva (mão-de-obra) como moeda de escambo.

Neste ano, Pablo Capilé foi um dos convidados do "Rumos Música Itaú Cultural" a percorrer cidades por onde o projeto transitará com seus seminários. No case , Capilé conta das alternativas criadas pelo Espaço Cubo em prol da cena independente brasileira, assim como, explica o funcionamento do Cubo card.

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FRENTES GESTORAS EC

Responsáveis pelo debate e estabelecimentos de políticas públicas que pautem as frentes mercadológicas:

Imprensa de Zine - Tem como princípio a elaboração de políticas públicas para a comunicação independente, com fins ao estímulo da formação, distribuição, produção e circulação dos agentes envolvidos nessa cadeia produtiva. Nasceu em 2002 se estabelecendo nos colégios Estadual Liceu Cuiabano e Municipal Bem-Bem, através de uma oficina de Zine (informativo manual). Em 2003 o projeto foi reconhecido ao ganhar o prêmio Receita de Cidadania, promovido pela Unimed, na categoria "artes".

Próxima Cena - Inicia as suas atividades no ano de 2006 na perspectiva de fomentar e difundir produções autorais e independentes do segmento, fortalecendo um cenário alternativo já estabelecido pelo universo musical. Tem como meta estimular produtores a se multiplicarem em núcleos, conseguimos iniciar o princípio da Próxima Cena, que é a criação de um cenário audiovisual alternativo e independente em todo o país.

Volume (Voluntários da Música) - Veio preencher as lacunas deixadas pela Ordem dos Músicos do Brasil de Cuiabá. É uma organização criada com o objetivo de estimular a organização, qualificação e profissionalização da cena musical, oferecendo oficinas, workshops e palestras com músicos profissionais periodicamente. Recentemente, a Volume ganhou autonomia e alterou sua metodologia de trabalho, dividindo seus associados em quatro comissões (Comunicação, Distribuição, Eventos e Sonorização) que desenvolvessem ações diretas de estímulo ao setor, em Cuiabá. O resultado disso foi a realização do primeiro evento assinado pela entidade, o Aumente o Volume, em janeiro de 2007, e o Circuito também homônimo, produzido durante todos os fins-de-semana de março, trazendo à Cuiabá, bandas de Campo Grande (MS) e Goiânia (GO).

Festivais - Frente responsável pelo planejamento de Festivais como Calango e Grito Rock.

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PROJETOS

Festival Calango (Festivais)- O Festival Calango chega a sua quinta edição neste ano de 2007. Desde seus primórdios, o objetivo foi desenvolver a cadeia produtiva da musica em Mato Grosso (MT). Considerado um dos principais do gênero, e sendo um dos associados fundadores da Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIN), o Calango vem impulsionando a circulação de bandas de todo o país. Já trouxe a Cuiabá mais de 50 bandas da cena independente nacioais, provindas das cinco regiões do país.

Em sua trajetória, conseguiu incluir Cuiabá como um dos principais pontos logístico da cena independente nacional. Foi palco de concepção da Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIN), que viria a ser lançada meses depois, no 11º Goiânia Noise. E além da música, vem trabalhando a intersetorialidade com outros compôs da cultura, como o audiovisual, a literatura, a comunicação, o Teatro e as artes visuais.

Grito Rock (Festivais) - Fomento e profissionalização da cena independente da música foram as forças motrizes que fizeram nascer em Cuiabá a primeira edição do Grito Rock, em 2003, quando o Espaço Cubo, adotou o período de carnaval para a realização de um festival de baixo orçamento e com possibilidade de auto-gestão. Em 2007, o fruto: a realização do Grito Rock Brasil, o maior festival integrado do país hoje que veio a ser realizado, concomitantemente, em 20 cidades, de 15 federações brasileiras, fazendo circular mais de 200 bandas em todo o país.

Festival Fora do Eixo – A primeira edição aconteceu em março deste ano, e levou à São Paulo, centro financeiro do pais, dezenove bandas "Fora do Eixo" de todo o país com o objetivo de promover uma mostra da produção musical que está fervilhando fora do eixo Rio -São Paulo.

Semana da Música (Volume) - Programação intensiva de música, visa mesclar discussões políticas relacionadas ao setor cultural com as oficinas de qualificação técnica e as apresentações musicais que em suas quatro edições, já trouxe à Cuiabá instrumentistas renomados do cenário da música nacional, como Arthur Maia, Celso Pixinga, Renato Vasconcelos, Hamilton Pinheiro, Di Stefanno, Thiago do Espírito Santo, Polaco e outros.

Semana do Audiovisual (Próxima Cena) – A 1a SEMANA DO AUDIOVISUAL (SEDA) foi promovida em novembro de 2006 e teve como meta o fortalecimento de intercâmbios e ligações em rede com outros núcleos atuantes no setor, buscando também a integração do segmento musical, na perspectiva de participar do cenário de música independente e dividir com este, a construção de um audiovisual alternativo.

Clipes (Próxima Cena) – Projeto que tem como foco trabalhar as cadeias produtivas do Audiovisual e da Música conjutamente. Tem como meta a elaboração de videoclipes de bandas independentes. No currículo, constam a co-produção do videoclipe Cachaça, de direção de Paulinho Caruso, que foi filmado em Cuiabá, em 2006, e concorreu na categoria independente, no MV Brasil, maior prêmio da categoria chancelado pela MTV. Realizou também democlipes de bandas locais como da Claudia's Parachutes, entre outros, filmados durante o Grito Rock deste ano. Ainda neste ano, produzirão o Clipe Semáforo, da Vanguart, que será filmado em Chapada dos Guimarães, pelo mesmo Caruso.

Compacto. Rec (Imprensa de Zine) - Tem como objetivo lançar compactos virtuais de bandas da cena independente brasileira via rede de sites cujas metas partem do principio de divulgação da cena independente brasileira. A diferença do Compacto.Rec é fazer os lançamentos não apenas em um site, mas em veículos integrados à rede . O primeiro lançado recentemente foi da banda Madame Saatan, no dia 01 de maio. Em maio, um edital será lançado para que bandas de todo o país possam realizar inscrições.

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Opinião

'A REVOLUÇÃO [IN(TER)DEPENDENTE] VIRÁ DE CUIABÁ

por Israel do Vale

Um Vectra 99 pode entrar para a história como a locomotiva que carregou a cena musical in(ter)dependente brasileira para o futuro. E o expresso-revolução vem lá de Cuiabá.

O combustível que melhor impulsiona hoje o universo de indies&pendentes no país se chama Espaço Cubo, um coletivo de produtores culturais nascido sob a lógica mobilizadora do movimento estudantil –um novo alento, portanto, num universo que já teve extrema relevância como foco de ação cultural.

O resultado desta intervenção no cenário mato-grossense é gigante, gritante, acachapante, entusiasmante (e outros "ante"): em quatro anos de ação do Espaço Cubo, o número de bandas de rock com produção autoral saltou de 3 para, acredite, 70 (!!!). E isso tudo a reboque de um Vectra 99... '

Leia na íntegra no blog do jornalista - http://www.futurodamusica.zip.net

* Israel do Vale é jornalista e atual diretor de Programação da Rede Minas. Já trabalhou em veículos como Folha de São Paulo, A Palavra, Revista Bizz e outros.

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O que já publicaram sobre o ESPAÇO CUBO!

"O Espaço Cubo tem vocação, para mim, para entrar para a história como um equivalente, em termos de produção, no cenário in(ter)dependente, do que representou o Napster em sua capacidade de implodir uma lógica e reinventar o futuro. Porque se tem uma coisa bacana em momentos de impasse como este, que virou o mercado mundial da música do avesso, é que dele pode (ou, por favor, DEVE) sair algo de novo. Eles sabem disso. E estão fazendo na prática. Quem dera fosse possível engarrafar as boas idéias e esparramar pelos botecos da vida...", Israel do Vale, em entrevista ao site da UNE

"O Espaço Cubo, uma organização cultural coletiva informal de Cuiabá, iniciou suas atividades em 2002 e de lá para cá consolidou sua posição com determinação, ousadia e visão de futuro. Desde o princípio inovou em práticas mercadológicas com um discurso voltado para o desenvolvimento do mercado cultural no estado. Suas ações sempre foram planejadas para fomentar um mercado autoral, alternativo e auto-sustentável", Eduardo Ferreira, publicado no site Open Bussiness.

"O potencial de articulação, proposição e realização da galera do espaço Cubo é de impressionar, serve como um verdadeiro estímulo para quem quer produzir em sua cena!", Diogo Soares, vocalista e compositor da banda Los Porongas, em matéria publicada no blog da banda

"Espaço Cubo se encarrega de propostas educacionais, sociais, artísticas e até esportivas, e a partir das inúmeras atividades e projetos realizados em Cuiabá (MT), o Cubo - como um todo - fortalece o circuito cultural do independente e vai muito além dos méritos musicais", Mariângela Carvalho, em matéria para o site Urbanaque.

"Como ilustração, o exemplo do Espaço Cubo, organização de músicos independentes de Cuiabá que conseguira uma parceria com o governo local de 300 mil reais para investimento em projetos culturais. "O Estado deve investir porque esses projetos geram empregos", concluiu' Matéria publicada por Fábio Andrade, no site Chappa, novas músicas, novas oportunidades

"Não fique boiando para não perder o bonde da história dê uma olhada nessa matéria Espaço Cultual ao Cubo , feita por Eduardo Ferreira para que todos pensem melhor antes de não querer entrar nessa', Paulo Zab, produtor independente do Macapá (AP), em texto publicado no Coletivo Palafita.


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O que posso dizer aqui se já disseram tudo?

FELIZ ANIVERSÁRIO AO ESPAÇO CUBO e a toda essa galera que faz movimentar essa ação gigantesca bem do nosso lado, no vizinho estado de Mato Grosso, provando que Hellcity (Cuiabá para os leigos) é realmente quente!

Abraço à Ney Hugo, Pablo Capilé, Marielle Rodrigues, Talyta, Mikhail, Kayapy & Ynaiã, putz, é tanta gente. Parabéns a todos pelo ótimo trabalho, sigamos seus exemplos.

No Calango levo as felicitações pessoalmente!

Friday, April 13, 2007


#12 - UNDER ROCK III

Minha saga rumo a candidatura a deputado estadual em 2014 (hehe) continua firme, após ter visitado Ji-Paraná várias vezes esse ano minha comitiva individual aportou em Porto Velho (espaço para piada infame) para confraternização com amigos durante o Under Rock III, evento que ocorreu dia 04 de abril na Big’s Whiskeria. Rolou o de sempre, muita conversa e rock and roll. E como um vilhenense que se preza, muita água pra espantar o calor da capital.

Mas, agora falando sério, o evento organizado pela banda Rádio Ao Vivo e o site Fanrock, de Vinicius Lemos, foi bem legal, onde pude reencontrar amigos e ver que a cena de Pvh está cada vez melhor, pelo fato de agora além de festivais começarem a rolar eventos quase todo fim de semana, como o próprio Under, Arena Rock Bar, entre outros. O único ponto negativo da festa, o que realmente interferiu, foi a falta de ventilação adequada no local e para piorar fez um calor infernal naquela noite (vilhenense é f***).

Quanto às bandas, esse sim o ponto positivo da noite, tudo correu bem. “Los Hermanos do Rio Madeira”, leia-se Recato, vem se destacando na cena local, com canções como “Lago Reformado”, “Em si”, “Usa tua força”, estão cada vez mai presentes nas vozes de quem acompanha a banda onde ela toca. Já deixou de ser promessa, faz tempo.

Rádio ao Vivo, “a banda mais rondoniense do Acre”, foi a segunda banda da noite, e apresentou músicas novas mescladas com canções conhecidas como “Mansão do Arão”, “Considerações Finais”, “A cúpula”, também cantadas pelos presentes. É interessante ver que as bandas locais têm seu devido reconhecido, as pessoas vão para acompanhar as bandas e não só ir pela festa.

Logo após entra a banda Sedna, show que mais ouvi do que vi, até porque no momento o calor já havia feito efeito. Outro show bem acompanhado pelo público, com momentos de euforia de algumas fãs. A Sedna também apresentou canções antigas e novas, que irão fazer parte do disco “Esperando Amanhecer”, que deverá sair ainda este ano.

Posteriormente assume o som a banda mais rondoniense de Roraima, Mr. Jungle, banda bastante esperada, em sua terceira passagem pela capital rondoniense. É outra banda que tem uma empatia enorme com o público, com figuras como Diego “Moita”, que, aliás, toca muito. Outro show que passei mais tempo lá fora que lá dentro, por causa do calor.

E encerrando a noite com seu “noisecoregroovecocoenvenenado de fato” a banda Zefirina Bomba (PB) desfilou barulho (do bom) com alta performance. Com direito a covers de Irmãos Rocha, Nirvana, Pedreros e é claro as músicas próprias “Sobre a cabeça”, “O que eu não fiz” fizeram a cabeça dos (poucos) presentes na hora que a banda se apresentou. Foi aquele velho encerramento com chave de ouro.

Ficou a boa impressão do evento, apenas o ponto de que o local que receba eventos dessa natureza esteja melhor preparado.

Falows!

Thursday, April 12, 2007



#11 - Prêmio Toddy de Música Independente

O Prêmio Toddy apurou através do projeto "Cena Musical Independente Brasileira - Pesquisa e Publicação dos principais trabalhos lançados em 2006" os mais variados nomes dentro do universo da música independente nacional. Esse projeto conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura através do Programa de Apoio à Cultura do Estado de São Paulo.
Entre os indicados estão nomes conhecidos como Matanza, Zefirina Bomba, Rock Rocket entre outros, e nomes não tão conhecidos, porém importantes nesse novo contexto musical independente como Pablo Capilé (Espaço Cubo), Fernando Rosa (Senhor F), entre outros.
E é com orgulho (e vá lá, com um ponto de interrogação) que podemos dizer aqui que temos sim nomes de Rondônia entre os indicados: Nitro (?) e Ultimato na categoria DESTAQUE REGIONAL; e Vinicius Lemos (site Fanrock), na categoria PERSONALIDADE.
O ponto de interrogação fica pela estranheza (na minha opinião) pela indicação da banda Nitro, mas a indicação se deu pelo conjunto da obra (Madeira Festival entre outras coisas), a banda tinha dado uma sumida, mas parece estar voltando, inclusive com o lançamento do seu DVD. Em breve.
Confira e vote: www.premiotoddy.com.br

PS: só lamento eu não ter sido indicado.


Ia querer meu prêmio em Toddy.


#10 - Mini Beradeiros em Porto Velho (21/04)

"No próximo dia 21(sábado), o Projeto Beradeiros realizará um Mini-Festival como uma alternativa às bandas e/ou artistas locais que não possuem suporte para gravarem e almejam participar do Festival Beradeiros 2007, o “Beradeirinho”.

Para participar do evento, foram selecionadas cinco bandas pela organização do projeto e somente uma estará entre as 20 atrações que se apresentarão em setembro na 3ª edição do Festival. O evento espera receber um público significativo e que acompanha o processo de amadurecimento do trabalho desses artistas.

As bandas que se apresentarão são as Hell Fire Club, Vórtice, Miss Jane, Charqueiros e Innocence.

O mini-festival acontece no Espaço Cultural Hip Hop da Floresta, localizado na avenida Sete de Setembro, Centro ao lado da Delegacia da Mulher e começa às 20h. Os ingressos custam R$ 3."


Fonte: http://www.rondoniaovivo.com

Tuesday, April 10, 2007

#9 - Espaço Cubo inaugurará Casa Fora do Eixo em Cuiabá
por Marielle Ramires
da Imprensa EC

"Macaco Bong é uma das atrações da noite de inauguração

O ponto é o antigo bar do Neurô, espaço movimentadíssimo no bairro Boa Esperança, vizinho da UFMT, até pouco tempo um dos mais agitados da cidade. Pois é, acontece que desde janeiro o Neurozito, proprietário do lugar, vem tentando apostar num novo conceito para a casa. Abriu o terreno para produtores de Cuiabá empreender suas fichas em projetos que convergissem à produção cultural da cena cuiabana, no entanto, com o passar dos três primeiros meses do ano, malograda a tentativa, chamou ninguém menos que o Espaço Cubo para assumir as rédeas da empreitada. A missão do Cubo agora é fazer dali um ponto de referência no que tange a circulação de bandas de todo o país, assim como, tornar a casa um ponto de convergência das manifestações artistas autorais da cultura urbana . Em sua inauguração, que acontecerá no próximo dia 17, uma amostra de toda essa proposta poderá ser conferida. Na programação, previsão de shows de Cururu e Siriri, uma das manifestações mais expressivas da cultura folclórica chapecruz, e também esquetes de teatro, happenings de artes plásticas e apresentações de dois gigantes do circuito de música autoral da cidade: Macaco Bong e Ebinho Cardoso Trio. Além da terça inaugural, a programação da semana vai contar com a abertura de projetos como o Atitude Black, das quartas-feiras, que será capitaneado pela Cufa Cuiabá ; o Instrumental ao Cubo, que promoverá as quintas jazzísticas; as sextas experimentais, que serão marcadas pela formação de novos promoters culturais; os sábados Fora do Eixo, que trarão à cidade bandas de todo o país e os domingos "Aumente o Volume" e "Domingo no Boa". Com tudo isso planejado, fica aqui aviso aos interessados: bandas de todo o país que quiserem tocar na Casa Fora do Eixo, entre em contato. Produtores cuiabanos que toparem encampar a produção de noites no espaço, idem. É isso aí (!)."


A administração da Casa Fora do Eixo, deixa livre contato, para Produtores, bandas ou interessados em agendamentos para shows ou intervenções culturais:

E-mail: casaforadoeixo@gmail.com
MSN: casaforadoeixo@hotmail.com
Fones: (65) 99560321 ou (65) 92814783

INFO:
www.espacocubo.blogger.com.br
www.hellcity.blogger.com.br

Tuesday, April 03, 2007

#8 - ANTENE-SE (Ji-Paraná/RO)

Evento esportivo com rock em Ji-Paraná
Por Maycon Victor

"Será realizado dia 15 de abril o Dirt Jipa Jam na avenida Marechal Rondon em Ji-Paraná, a competição de manobras de bicicletas, comecará as 8 e encerra as 24 h com apresentação de bandas regionais. Competidores de todo o Estado poderão participar doando 1 quilo de alimento não perecível, como forma inscrição para o evento.

O Dirt (se lê danrt) é um esporte radical praticado por ciclistas que realizam manobras arriscadas numa pista cheia de obstáculos. Apesar de pouco conhecido, esse esporte já está se consolidando no cenário esportivo no centro oeste do País. Em Rondônia cerca de 150 adolescentes se reúnem aos fins de semana em pista improvisadas no mais diversos municípios do Estado."


As bandas já confirmadas para o evento: Calibre a Gosto, Insanes, Tatudikixuti e Velho Barreiro Society.

INFO: www.maycon.victor.zip.net

Sunday, April 01, 2007



#7 - UNIR Pró Rock

A primeira edição do UNIR Pró Rock veio a calhar. Em vários sentidos.
Foram poucas pessoas que compareceram, vinte e seis pessoas, mas o que realmente valeu a pena foi a presença das bandas, ajudando, participando e mostrando que o rock de Vilhena passa por cima de preconceitos, seja ele de credo, estilos musicais e principalmente, os piores, de discriminação. A sempre presente galera do Bairro Nova Vilhena que o diga. Afinal os mesmos sempre são taxados de rebeldes sem causa e quando na verdade são os mais concientes, afinal eram a maioria no evento e ajudaram trazendo roupas, alimentos e livros. Parabéns.

Pequenas considerações sobre as bandas:

Monkey In Ice: W.O.

Strutura 6: A banda está mandando um som cada vez mais maduro, coeso e se firmando como principal nome do rock local.

Evolução 88: A banda vai dar uma parada para reformular sua formação e terminar suas gravações para sua primeira demo. Bom show, apresentaram as novas músicas próprias e tiveram a boa resposta do público presente.

Enmou: O de sempre, muito barulho, algumas piadas e o mais interessante: speed rock marrentinho, que só a banda sabe fazer.

Rolou uma jam session no final com Derek (ex-Sub Pop, Neurose), Valter (Innocence), Cássio (Ex- Neurose) e Nettü (Enmou), com Rappa, Los Hermanos, Nirvana e Offspring. Quase rolou um Gabba Gabba Hey Hey revival, hehe.



#6 - Madame Saatan (Belém/PA) lança compacto virtual


A banda paraense Madame Saatan está disponibilizando em seu myspace (www.myspace.com/madamesaatan) o compacto virtual com as músicas "Gota em Caos" e "Molotov". Em breve repasso outros sites no qual vocês podem baixar as músicas.
A banda é uma das maiores revelações do Rock do Norte do país e sua sonoridade é bastante peculiar, pois junta no mesmo "caldeirão" influências como metal, punk, hardcore e músicas regionais, o grande diferencial da banda. A banda também é conhecida por sua presença de palco, principalmente de sua vocalista Sammliz. No ano passado estiveram em vários festivais independentes, entre os quais o Grito Rock Cuiabá e o Festival Calango, nos quais tive a oportunidade de acompanhar. E gostei. Não desmerecendo a Pitty, mas vocês deviam começar a escutar novas bandas, é só um conselho. Dê uma passada lá no myspace da banda que você vai entender o que eu estou falando.

E para as bandas vilhenenses: quem sabe não está aí a oportunidade de lançar seus trabalhos de uma forma dinâmica e abrangente.
Nettü Regert

Circuito Fora do Eixo



"REC é inaugurado com lançamento da Madame Saatan



O programa é Compacto.rec, que visa o lançamento de uma série de singles virtuais. O primeiro do catálogo é o da banda paraense Madame Saatan, que estará disponível para download a partir de 1o. de abril, em sites integrados ao circuito."


por Pedro Acosta*



"No próximo domingo, o Circuito Fora do Eixo inicia seu programa ReC. O Fora do Eixo é uma rede de trabalho que associa produtores independentes de várias partes do Brasil. A sigla ReC (Rede de Comunicação) dá nome a um empreendimento que visa a incentivar trocas de tecnologia entre os participantes da rede, além de promover a circulação de seus produtores e produtos.
O primeiro projeto do ReC atende pelo nome de compacto.rec. Sua intenção é lançar compactos virtuais de bandas associadas ao Fora do Eixo. Com a popularização do consumo de música via internet e o declínio do CD, vem aumentando o resgate virtual do formato compacto. O single , como também é chamado, era um disquinho com geralmente duas faixas e foi popular no Brasil até os anos 80.
A diferença do compacto.rec é fazer os lançamentos não apenas em um site, como já acontece, mas em todos os veículos integrados ao
Circuito Fora do Eixo. Cada um deles tornará disponíveis os fonogramas de cada lançamento e imagens que servirão de "capa" e "encarte" para os compactos. Os visitantes desses sites poderão baixar as músicas e as figuras, mantê-las no computador ou transformá-las num compacto físico.
O iniciativa vem para consolidar a rede de distribuição que o Circuito Fora do Eixo tem formado em seu um ano e meio de existência. O projeto compacto.rec revela muito do funcionamento do Circuito, ao jeito de um software livre: os fonogramas e as imagens serão enviadas para todos os 24 sites associados, mas cada editor publicará o conteúdo da forma mais coerente com seu veículo.


Madame Saatan – do Pará, o primeiro lançamento Compacto.rec


O compacto.rec surgiu de uma iniciativa da banda paraense
Madame Saatan. A caminho de lançar seu primeiro disco, o grupo pensava em promover o álbum com a divulgação anterior de um compacto virtual. A intenção era falar com públicos diferenciados e, para isso, veicular o compacto em vários sites. A partir do contato da banda com o instituto cultural cuiabano Espaço Cubo, a idéia foi levada para todo o Circuito Fora do Eixo.
Assim, no próximo domingo, dia 1o. de abril , o compacto com as músicas "Molotov" e "Gotas em Caos" estará em todos os sites do Circuito Fora do Eixo, além de outros parceiros. A partir desses veículos, a divulgação se multiplica, considerando-se a mídia espontânea gerada pelo lançamento em cada um desses sites. "


São eles:


PA: http://www.myspace.com/madamesaatan
PA: http://www.portalcultura.com.br
PA: http://www.nafigueredo.com.br
PA: http://www.belrock.com.br
PA: http://www.roquenroubabe.com.br
SP: http://www.dynamite.com.br
SP: http://www.urbanaque.com.br
SP: http://www.engenho.art.br
SP: http://www.rockfeminino.org
RO: http://www.fanrock.com.br
RO: http://www.vilhenarockzine.blogspot.com
RR: http://www.roraimarock.com.br
GO: http://www.fosfororecords.com
GO: http://www.radiomidia.com.br
GO: http://goianiarocknews.blogspot.com
GO: http://ogritodoinimigo.blogspot.com
MT: http://www.espacocubo.blogger.com.br
MT: http://hellcity.blogspot.com
AP: http://coletivopalafita.blogspot.com
AM: http://www.tumtumprod.wordpress.com
RJ: http://www.overmundo.com.br
RJ: http://www.orm.com.br/ruido/
RN: http:// www.dosol.com.br

e mais:
http://www.senhof.com.br
http://www.tramavirtual.com.br

* Pedro Acosta é colaborador do site Senhor F e compõe a equipe de Comunicação do Circuito Fora do Eixo.


MADAME SAATAN
(Foto por Renato Reis)

"A caboclada está em festa. Mandaram avisar que vem da floresta um novo batuque e ai de quem não estiver em seu devido posto – vai perder. Curupira desentortou as pernas pra chegar mais rápido e entortar o cabeção numa nice. Até Matinta Pereira se animou. Deu as caras e distribuiu pra todo mundo. É fumo rolando solto na mata, seô menino. Não é todo dia que vem por terra disco que promete abalar as estruturas entre o céu e o inferno, não. Lá longe, alguém berra. Começa a pajelança. Saci se regozija num oba-oba danado. O espírito baixou. A Madame Saatan chegou. Encostado num canto, o Capiroto esboça um sorriso e bota o chibé pra dentro. Faz cara de quem gostou. A cantoria não tem hora pra acabar.
Mas voltemos um pouco no tempo. Idos de 2003, quando ainda não existia uma banda propriamente dita – afirmação (negação?) contestada, sem maiores problemas, pela moderna física quântica e sua teoria das probabilidades. Senão, vejamos.
Sammliz era (não era) Sammliz e já surtava com a lua cheia. Ícaro era (não era) Ícaro, o contrapeso, desde sempre o equilíbrio em pessoa. Edinho era (não era) Edinho, o menino virtuoso com a educação de um gentleman. Ivan era (não era) Ivan, moleque malandro do Bairro do Jurunas e exímio jogador de Copas. Os elementos estavam na ar. Faltava, portanto, tão-somente um Big-Bang, um catalisador que causasse a reação química necessária pra que as dimensões se fundissem, dando vazão a uma possibilidade nova por excelência.
O nome da substância? Paulo Santana. Dramaturgo que, na época, encenava a peça "Ubu Rei", de Alfred Jarry (outro conturbado de berço), então rebatizada de "Ubu – Uma Odisséia em Bundalelê". Sammliz trabalhava com o moço e não titubeou ao receber o convite pra compor a trilha da montagem. Nascia a Madame Saatan, remetendo ao célebre filme de Cecil B. DeMille. Deus não quis falar? Who cares? Deu no que falar. E muito.
Tanto, que, se a temporada de náuseas e prantos da platéia chegava ao fim, o desconforto não podia parar. Não eram poucas as mães ainda a serem assombradas. Os trabalhos estavam apenas começando. No entanto, sem maiores neuras. Tudo em seu tempo – relativo que só ele. Assim como trabalho pode se confundir com diversão. E escandalizar não passa de uma mera quebra dos paradigmas. O tal do Caos, o tal do Cosmos. Fluxo e refluxo. Mal surgiu em 2004 e "O Tao do Caos", primeiro registro da banda em EP, reverberou o que era, até então, uma promessa e nada mais.
E, valei-me Nossa Senhora de Nazaré, o que diabos era aquilo? Mesclando letras de uma poesia tão original quanto o som calcado numa fusão de ritmos tão díspares entre si quanto heavymetal e carimbó, hardrock e lundu, baião e jazz, blues e trash – morre num metal amazônico, pro rótulo ser chamativo que dá gosto e por logo um fim às especulações –, o disquinho despertou a atenção da crítica e dos produtores na bucha, sem pestanejar.
Não demorou pros convites serem feitos e lá foi a Madame Saatan tocar por plagas desconhecidas, em importantes festivais do cenário independente, como Bananada (GO), Grito Rock (MT), Calango (MT), Se Rasgum no Rock (PA) e PMW (TO). Caiu de vez no gosto de santos e demônios.
Mas também, né, maninho... (e essa não é a primeira vez que digo isso). Quem tem Sammliz, não pode reclamar da vida. Nem se dar ao luxo de não aproveitar cada segundo dela. Pito e repito. Lembro-me bem do último show que vi da banda. Sammliz sambava. Pulava. Requebrava. E chorava ao microfone, exalando charme e tentação. Sentada a uma caixa de som, compartilhava momentos de intimidade com a platéia. Todos se digladiando por algumas gotas do suor da musa, sensualmente respingados por ela com as pontas dos dedos entre um suspiro e outro. Ah, se fosse só isso, porém...
Se não tivesse Ivan Vanzar fazendo de suas estripulias na bateria, inventando uma nova bossa com as baquetas, que gargalham nos tambores e no que estiver por perto – seja teto ou cabeça de menino. E o que seria dessa cozinha não fosse o baixo nervoso de Ícaro Suzuki (num frenesi estranho pra quem conhece o moço fora dos palcos; mesmo seu swing com o instrumento parece bater de frente com a esfinge aos olhos de quem o vê distante) a picotar os riffs de Edinho. Ah, se não fosse a maestria desse moleque Edinho – galã de ocasião – a injetar o sangue de quatrocentos cavalos e seus relinchos bem na jugular da criatura, devolvendo-lhe a vida esparramada qual éter pelo chão de anáguas...
Não haveria Madame Saatan. Não haveria essa dualidade monocórdia. Não haveria festa e nem a lua como a conhecemos. Não haveria "história de amor cine trash à meia-noite". Nem o álbum homônimo que ora celebramos.
Com produção de Jera Cravo, em conexão direta com a Bahia, e a participação de Alcir Meireles na direção musical, o CD foi gravado em apenas sete dias (há quem duvide e afirme que o sétimo foi de descanso) no estúdio "O Meio do Mundo", do ex-baixista da também paraense La Pupuña.
De onde saíram pérolas do cancioneiro prapular brasileiro – musical e poeticamente falando – como "dormindo nos braços da estátua com folhas nos dentes", da porrada seca que é Devorados, faixa que abre o álbum. Ou "nem seus pecados são mais você", de DUO. Chega, arrepia. Hits fáceis, já entoados pelo público nos shows. Público que delira por Diana de Messalina Blues. Bate cabeça em reverência aos soldados de Apocalipse. Isso, pra não falar do auê provocado por Cine Trash, citada acima. A surpresa fica por conta de Ela Queima, Ela Sorri, composta durante as gravações, em que encontramos uma Sammliz melancólica além da média. Simplesmente linda. Divina. Maravilhosa. Internacional.
A caboclada tem motivos de sobra pra festejar. É a Amazônia que pede passagem. Quem é rei, afinal, nunca perde a majestade. E já dizia a rainha: índio quer apito, mas também sabe gritar. Algum outro clichê aí na manga? Ou cansou da mesmice? Inúmeras são as probabilidades, não é mesmo? Pode, então, pegar a manga e começar a chupar. Transfigurou. Foi-se o tempo em que a mata era a explorada. Ela quer, agora, é explorar. O uirapuru vem cantando trazer as boas novas. Faz o pedido, que a Madame Saatan despacha.
Porque essa festa... ah, essa não tem hora mesmo pra acabar. "

(Caco Ishak)


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