Thursday, December 06, 2007


#49 - Compacto REC apresenta: Filomedusa

Em um ano de existência Filomedusa (AC) já foi vista em grandes momentos da música amazônica: desde o comentado Casarão em Porto Velho à Semana do Rock, Piola, Concha Acústica, DCE da UFAC e o já consolidado Festival Varadouro. Sendo resenhada neste último por Humberto Finatti, da Revista Dynamite (SP) - "... uma banda que faz pop e pesado ao mesmo tempo, com melodias ganchudas, letras (bem escritas) que perscrutam temas regionais, que possui um guitarrista que faz misérias em seu instrumento, que possui um baixista que toca com segurança e precisão e que ... possui uma vocalista linda que canta horrores ..." - Eduardo Mesquita, também da revista Dynamite (além de Inimigo do Rei) - "Carol é soberba! Que voz! Que harmonia! Que malícia! Sua voz e sua presença cênica extrapolam o seu tamanho mignon ... bateria quebrada e precisa, guitarra criativa e o baixão marchando estranho indo e vindo ... Filomedusa é muito bom! ".


Fernando Rosa, revista SenhorF: "A maior surpresa, tanto da coletânea quanto do festival é a banda Filomedusa que reúne alguns dos melhores músicos da cidade, destacando a ótima vocalista Carol Freitas. As canções presentes na coletânea - 'Morte em vida' (um hit) e 'O que eu sou' - são obras maduras de banda com peso e estatura nacional ...".

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Uma devassa!
Filomedusa por Walquíria Raizer*

Uma devassa absolutamente sofisticada. Se fosse uma mulher seria a descrição perfeita, uma música invasora, sem pudores e ao mesmo tempo elegante ao ponto de se levar para casa. Filomedusa não me lembra nada, apesar de em outros tempos cada um dos seus músicos terem feito parte de grandes bandas da fértil cena acreana. Filomedusa é mesmo um Kampô, sapo verde que traz o sagrado dos povos indígenas da Amazônia, que serve de vacina aos males da alma. Saulo Machado, guitarra e coração, homem de fé. Seus riffs absolutamente poderosos têm a delicadeza de deixar o restante da banda se mostrar. Daniel Zen, com seu baixo gigante mostra que o contrabaixo faz um som de frente. Pra se ouvir mais que os outros. Tiago-cabelos-cumpridos parece um personagem baterista de algum filme perfeito. Bateria forte e conectada. Carol, bem, Carol Freitas é a voz que todos queriam ter. Eu mesma se fosse vocalista, ia querer ter a voz da Carol. Ela é gigante, pequena e linda, de voz estrondosamente gigante. Seria a mulher do diabo, no sentido poético da força estrondosa que atribuem ao diabo. Mas é uma banda do bem, que não se parece em nada com o que se viu e ouviu. Identidade amazônica plural gritante, sem ser intencional. É Filomedusa sim, no som e no veneno. Filomedusa é Carol Freitas (vocal), Saulo Machado (guitarra), Daniel Zen (baixo) e Tiago Melo (bateria) e no público o restante de nós, batráquios, graças-a-deus!

* Walquíria Raizer, poetisa, escritora e jornalista, necessariamente nessa mesma ordem.

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Filomedusa é uma banda daquelas que te faz repensar o conceito de música, o show empolga ao mesmo tempo que emociona. A banda também faz você rever vários conceitos: antes de ver Carol cantar - o tamanho mignon citado por Mesquita não é exagero - e a banda formada por Tiago Melo (bateria), Saulo Machado (guitarra) e Daniel Zen (baixo) tocar a banda poderia passar despercebida. Depois não, é algo assustador (leia-se é foda) e chocante. São quatro pessoas que se transformam. Talvez as mudanças mais perceptíveis são a de Saulo e Tiago irreconhecíveis (e proporcionalmente fantásticos) tocando, são pessoas que falam devagar, discretos, mas tocando se transformam em monstros, daqueles do tipo que só a música pode produzir.


Tirem suas próprias conclusões no blog do Compacto (http://www.compactorec.blogspot.com/) onde dará para baixar o encarte do single, as faixas "Batcaverna", "Morte em vida", "Your Color Dream", além das letras das músicas. Vá lá!

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Foto Filomedusa: Renato Reis


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