Tuesday, December 11, 2007



#51 – Grito Rock Vilhena e Madeira Festival

Grito Rock Vilhena RO 2008: Inscrições encerradas

Estão encerradas as inscrições de bandas para o Grito Rock Vilhena RO 2008. Ao total, até agora*, foram inscritas 60 bandas de 22 cidades, 10 estados de quatro regiões do país em mais de três meses de inscrições. A partir de hoje a comissão formada pelas bandas locais e pelo Coletivo Vilhena Rock passará a analisar o material enviado e também os ensaios & apresentações de bandas locais. Uma ótima oportunidade para acompanhar os grupos locais será a realização do Vilhena Rock Festival, nos dias 28, 29 e 30 de dezembro.

Também já se iniciou uma enquête na comunidade Grito Rock Vilhena RO 2008, que também faz parte do processo seletivo, acompanhe:

Bandas inscritas: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=24620291&tid=2556949146204677329&start=1

Processo seletivo: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=24620291&tid=2571217688986952913&start=1

Enquete/Pesquisa: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=24620291&tid=2571228059185489105&start=1

A divulgação dos nomes escolhidos para o Grito Rock Vilhena será feita no dia 31 de dezembro, um dia após a data final de entrega dos votos da comissão.

* Até agora ... ontem, 10 de dezembro, uma chuva caiu na cidade impedindo alguns membros de bandas entregarem a ficha de inscrição (em papel) – os mesmos não têm acesso regular a internet – do Grito, por isso foi decidido que a inscrição de bandas locais se daria até hoje, 11 de dezembro, até as 13 h , horário local.

Madeira Festival 2007

Neste próximo fim de semana será realizado o Madeira Festival, que já foi considerado um dos maiores festivais de música do Norte do país. Após 2006, ano em que o festival não foi realizado, o festival volta com uma novidade: a edição deste ano será indoor. O Madeira será realizado no Complexo Nautillus, com quatro ambientes: Cyber Café, Peixe Beer (Peixe Vivo e Netuno) e Nautillus.

O formato do festival é o mesmo dos anteriores, que mistura bandas mainstream e destaques regionais. Os grandes nomes deste ano são as bandas Natiruts e CPM 22, acompanhados pela banda Nitro, de Porto Velho, uma das organizadoras do festival. O acerto do festival, entretanto, é apostar em nomes consolidados da cena rondoniense, tanto da capital como do interior. Destaque para as apresentações dos sempre destruidores Coveiros, da conhecida Ultimato, da psicodélica Sucodinois e do “hype” (?) de Rondônia, Recato. O interior também estará bem representado pela banda Relicário – de vocalista nova – de Cacoal e a banda Tatudikixuti, talvez as duas bandas mais conhecidas desta parte do estado.

Ingressos?

R$ 60,00 (R$ 30,00 para estudantes e clientes TIM) e camarotes R$ 700,00 (para 12 pessoas).

Confira a programação:

Cyber Café (DJs)

Flávio Dantas
Helder Junes
Hoby
Leudson
Mauro Marcelo
Mitson MattosPlínio César

Peixe Beer

16:00 as 16:30 – Bicho du Lodo
16:45 as 17:15 – One Weak
17:30 as 18:00 – Relicário
18:15 as 18:45 – Recato
19:00 as 19:30 – Coveiros
19:45 as 20:15 – Bedroyt
20:30 as 21:00 – Sucodinois
21:15 as 21:45 – Tatudikixuti
22:00 as 22:30 – Ultimato

Nautillus

19:00 as 19:40 – Lapidarius
19:50 as 20:30 – Leão Do Norte
20:30 as 22:00 – Natiruts
22:00 as 22:40 – Nitro
22:40 as 00:00 – CPM 22

Sunday, December 09, 2007


#50 - Faça música, não faça cover!!!
*Por Mr. Gonzo

Me diz se há algum garoto fã de rock, que sonhe montar uma banda, e que não queira tocar as músicas dos seus ídolos? Quantas bandas começaram na garagem a tocar covers dos Beatles, Stones, Sabbath e Led? Me diz também quantas bandas nunca fizeram isso por não terem capacidade “técnica” de tocar tal música de tal banda, e resolveram fazer seu próprio som? Temos quilos de exemplos para dar.

Eu mesmo comecei pelo primeiro exemplo. Montei minha primeira banda aos 15 anos, a saudosa “PaPa VeLHaS” pra fazer cover’s dos grupos que gostava de ouvir, mas chegou um momento que eu não queria apenas copiar o que os outros faziam, e sim criar, materializar meus pensamentos em música, letra e movimento. Por isso resolvi fazer música. Confesso que as primeiras foram um desastre, mas com tempo e força de vontade qualquer um consegue criar aquele riff “du caralho” com aquela letra bacana. Quem aí não se lembra de “Fazendo Rock N’Roll”?

Há sete anos participo do que dizem chamar “cena rock roraimense”. Já vi e ouvi de tudo. Desde o nascimento de bandas de proveta (montadas apenas pra tocar em festivais) até ótimas e promissoras bandas que se acabaram no meio do caminho. Vi também movimento de rock começando a se formar, mas apenas por bandas “covers”. Então por que chamar isso de cena?

Só podemos rotular de CENA, seja ele rock, brega, reggae ou o que for, quando em determinado local há um movimento de bandas e colaboradores que produzem algum tipo de conteúdo, que é ouvido e visto por um determinado grupo de pessoas. Em outras palavras, só podemos dizer que há uma cena rock em Roraima, quando citarmos que aqui há bandas fazendo músicas, shows, participando de eventos, gravando e divulgado seu trabalho.

Felizmente hoje eu posso bater no peito e dizer que em Roraima há uma cena rock de verdade. E não falo da boca pra fora. Tenho minhas justificativas. Quem esteve no dia 03 de dezembro, na praça Ayrton Senna, sabe do que estou falando. Presenciei ali o começo propriamente dito do que chamamos de “cena rock de Roraima”. As bandas Hangar HC, AltF4, Sheep, Mr. Jungle e Several Bulldogs (todas de Roraima) mais a banda Tetris (do Amazonas) mostraram que não é preciso tocar cover pra tocar “fogo” no público. E o mais legal de tudo, foi o que podemos dizer de “retorno as origens”, pois voltando no tempo, podemos recordar que as primeiras bandas de rock de Boa Vista tocavam nessa mesma praça, com seus equipamentos de ensaio, montados de última hora. Ali foi plantada a semente e hoje estamos colhendo os frutos. E plantando muito mais pra colher vindouros frutos também.

Por isso eu digo para as bandas que tocam cover’s, tomar vergonha na cara e não só copiar, mas sim produzir, só assim, será valorizada e reconhecida por seu trabalho. Aos grupos que insistem em só “copiar” o que outras bandas tocam, só resta o ostracismo, esquecimento e desdenho! Já às bandas que acreditam no seu talento, fazem música e não tem medo de apresentar o que criam, há um futuro próspero, disso afirmo sem medo. Acredite no seu talento, toque com amor, grave sua música, faça o maior show de rock do mundo, divulgue seu material, viaje, trabalhe, crie, lute por seus sonhos, corra atrás do seu lugar ao sol...faça rock, punk, metal, o que for...

Faça música porra! Não faça Cover!

Mr Gonzo é Radialista, e guitarrista/vocal da banda Veludo Branco.
Seu email é: mrgonzo21@gmail.com

FOTO: Mr. Gonzo no Festival Beradeiros
Créditos: Poliana S. Zanini

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NOTAS:

As inscrições do Grito Rock Vilhena RO 2007 se encerram hoje, mais precisamente à meia noite (horário de Rondônia) – que significa o mesmo que dizer o mesmo que duas da manhã do dia 11/12 em Brasília e onze da noite do dia 10/12 no horário do Acre – e a partir do encerramento já será aberta uma enquete para a votação on-line dos membros da comunidade de ORKUT do Festival - http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=24620291 para que os mesmos participem da escolha das bandas que irão se apresentar em Vilhena em fevereiro de 2008. A votação de bandas pela internet é um recurso que será somado às indicações das bandas locais e dos integrantes do Coletivo Vilhena Rock.

Para quem mora em Vilhena ou possa estar de passagem por aqui no dia 14/12 a partir das 20:30h será realizada o concerto de fim de ano da Orquestra Filarmônica de Vilhena. O local: Salão de Festas da Igreja Nossa Senhora Auxiliadora. Para quem gosta de música clássica, está aí a dica. Durante a semana passarei mais detalhes.

Thursday, December 06, 2007


#49 - Compacto REC apresenta: Filomedusa

Em um ano de existência Filomedusa (AC) já foi vista em grandes momentos da música amazônica: desde o comentado Casarão em Porto Velho à Semana do Rock, Piola, Concha Acústica, DCE da UFAC e o já consolidado Festival Varadouro. Sendo resenhada neste último por Humberto Finatti, da Revista Dynamite (SP) - "... uma banda que faz pop e pesado ao mesmo tempo, com melodias ganchudas, letras (bem escritas) que perscrutam temas regionais, que possui um guitarrista que faz misérias em seu instrumento, que possui um baixista que toca com segurança e precisão e que ... possui uma vocalista linda que canta horrores ..." - Eduardo Mesquita, também da revista Dynamite (além de Inimigo do Rei) - "Carol é soberba! Que voz! Que harmonia! Que malícia! Sua voz e sua presença cênica extrapolam o seu tamanho mignon ... bateria quebrada e precisa, guitarra criativa e o baixão marchando estranho indo e vindo ... Filomedusa é muito bom! ".


Fernando Rosa, revista SenhorF: "A maior surpresa, tanto da coletânea quanto do festival é a banda Filomedusa que reúne alguns dos melhores músicos da cidade, destacando a ótima vocalista Carol Freitas. As canções presentes na coletânea - 'Morte em vida' (um hit) e 'O que eu sou' - são obras maduras de banda com peso e estatura nacional ...".

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Uma devassa!
Filomedusa por Walquíria Raizer*

Uma devassa absolutamente sofisticada. Se fosse uma mulher seria a descrição perfeita, uma música invasora, sem pudores e ao mesmo tempo elegante ao ponto de se levar para casa. Filomedusa não me lembra nada, apesar de em outros tempos cada um dos seus músicos terem feito parte de grandes bandas da fértil cena acreana. Filomedusa é mesmo um Kampô, sapo verde que traz o sagrado dos povos indígenas da Amazônia, que serve de vacina aos males da alma. Saulo Machado, guitarra e coração, homem de fé. Seus riffs absolutamente poderosos têm a delicadeza de deixar o restante da banda se mostrar. Daniel Zen, com seu baixo gigante mostra que o contrabaixo faz um som de frente. Pra se ouvir mais que os outros. Tiago-cabelos-cumpridos parece um personagem baterista de algum filme perfeito. Bateria forte e conectada. Carol, bem, Carol Freitas é a voz que todos queriam ter. Eu mesma se fosse vocalista, ia querer ter a voz da Carol. Ela é gigante, pequena e linda, de voz estrondosamente gigante. Seria a mulher do diabo, no sentido poético da força estrondosa que atribuem ao diabo. Mas é uma banda do bem, que não se parece em nada com o que se viu e ouviu. Identidade amazônica plural gritante, sem ser intencional. É Filomedusa sim, no som e no veneno. Filomedusa é Carol Freitas (vocal), Saulo Machado (guitarra), Daniel Zen (baixo) e Tiago Melo (bateria) e no público o restante de nós, batráquios, graças-a-deus!

* Walquíria Raizer, poetisa, escritora e jornalista, necessariamente nessa mesma ordem.

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Filomedusa é uma banda daquelas que te faz repensar o conceito de música, o show empolga ao mesmo tempo que emociona. A banda também faz você rever vários conceitos: antes de ver Carol cantar - o tamanho mignon citado por Mesquita não é exagero - e a banda formada por Tiago Melo (bateria), Saulo Machado (guitarra) e Daniel Zen (baixo) tocar a banda poderia passar despercebida. Depois não, é algo assustador (leia-se é foda) e chocante. São quatro pessoas que se transformam. Talvez as mudanças mais perceptíveis são a de Saulo e Tiago irreconhecíveis (e proporcionalmente fantásticos) tocando, são pessoas que falam devagar, discretos, mas tocando se transformam em monstros, daqueles do tipo que só a música pode produzir.


Tirem suas próprias conclusões no blog do Compacto (http://www.compactorec.blogspot.com/) onde dará para baixar o encarte do single, as faixas "Batcaverna", "Morte em vida", "Your Color Dream", além das letras das músicas. Vá lá!

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Foto Filomedusa: Renato Reis


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