Sunday, August 31, 2008

#82 - Festival Calango 2008



FORA DO EIXO
Quase para a edição de 2009

Texto e fotos por Cris Guse*

Com alguns dias de atraso e a memória falhando, uma leiga em cobertura de festivais resolveu escrever sobre o que já vinha enrolando há alguns dias. Espero que o texto chegue ao fim, que eu consiga passar um pouco através dele qual era o clima desses três dias, e, principalmente, que vocês gostem.





Bom, o Festival Calango já não é apenas um festival de rock. Inovações que já vinham acontecendo nos anos anteriores chegaram com força total na edição de 2008. Além do nosso conhecido e amado rock’n roll, não faltou tipos musicais para escolher. Difícil ficar se achando um ET em um lugar onde você, mesmo se achando excêntrico, pode encontrar o que gosta.

Folk, Indie, Carimbó, Hip Hop, Maracatu, Jazz, Alternativo, Samba, MPB, dentre vários outros estilos compunham o ‘menu’ de atrações principais de um dos maiores festivais do país, realizados em Cuiabá entre os dias 08 e 10 de agosto. A eles se juntaram uma extensa e variada programação com prévias, oficinas, seminários, encontros, debates e GTs (Grupos de trabalho).


Hey Hey Hey representando Rondônia no palco...



Integra(rte)

A partir de junho, Cuiabá já vinha se movimentando através da programação pré-festival, que contou com o Calango na Escola, estabelecendo Pontos Calangos (PC) em colégios públicos, onde produtores e artistas das artes integradas levaram atividades com o intuito de estimular o surgimento de novos profissionais.

Entre os dias 05 e o 10 de agosto, Cuiabá foi o palco de vários encontros que reuniram produtores e jornalistas do país inteiro. Além do ‘Calango em Mesa’, que contou com seminários sobre Economia Solidária, houve o projeto Comprador & Imagem do Brasil, a reunião anual da Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin) e o 1º Congresso Nacional dos Fora do Eixo.

Já os debates, oficinas e GTs contaram com temas nos setores de música, audiovisual, comunicação independente, teatro, literatura e artes visuais, organizados por projetos como o ‘Musicalango’, ‘Calango In Vídeo', ‘Plasticalango’, ‘Língua de Calango’, ‘Comunicalango’ e ‘Calango Encena'.

E não acaba por aí. Nos três dias do festival, realizado no Centro de Eventos do Pantanal, ainda teve tenda Consciência Hip Hop, rodas de Break, grafite, o Inventando Moda no Calango, WebRádio Fora do Eixo, Convenção de Tattoo e a 1ª Convenção de Moda.

Mais de 40 bandas e muito fôlego!!

A privilegiada de iniciar o Calango foi a banda selecionada nas prévias, Vitrolas Polifônicas (MT), seguida pela conterrânea, Los Bobs, e pela mistureba de maranhense, cuiabano e mineiro da Sweet Fanny Adams (PE). Logo após, a apresentação do Ebinho Cardoso Trio acrescida do baixista Celso Pixinga formou o Caminho das Árvores, contemplando os cuiabanos com uma belíssima apresentação.

Outras presenças que marcaram a sexta-feira foram Mamelo Sound System (SP), Diego Moraes e o Sindicatto (GO), MQN (GO), Venial (MT), Pata de Elefante (RS), Garage Fuzz (SP), Jumbo Eletro (SP), a francesa Papier Tigre, The Melt (MT) e a baiana Cascadura.

Para o segundo dia, a seleção não ficou por menos. A banda do Compacto.Rec, LaFusa (DF) iniciou a noite, seguida da rondoniense Hey Hey Hey, e, logo após, pela banda The Dead Lover’s Twisted Heart (DF), contando com uma batera mulher. A mato-grossense iniciante no festival, The Pockers, com seu indie rock, foi seguida da pernambucana AMP e pela Do Amor (RJ), tocando seu samba rock + carimbó.

Com uma mistura eletrizante, o segundo dia ainda contou com Lopes e Strauss, ambas de Mato Grosso, Filomedusa, a representante do Acre, e Linha Dura (MT), mostrando o hip hop para a galera. A atração internacional da noite, El Mato a Un Policia Motorizado, da Argentina, fez as vezes com o indie + rock psicodélico. Para completar, ainda teve Cérebro Eletrônico, de São Paulo, e duas bandas instrumentais, Macaco Bong (MT) e Hurtmold (SP).

No domingo, após uma semana cheia, ainda sobrava fôlego para muita coisa. O último dia começou com a apresentação da 1ª colocada nas prévias, N3CR (MT), seguida de Ayakan (MT), pela banda instrumental metal de São Paulo, Elma, e pelo som alternativo da mato-grossense Revoltz. Logo após subiu ao palco a cearense Fóssil e o Grupo dos Curueiros de Cuiabá (MT).

Depois veio o punk rock com os Snorks (MT) (obs.: me perdi no meio de tudo e não tenho certeza se o Snorks tocou, pois eu estava na coletiva. Como não achei fotos da banda, creio que ela foi substituída pela Curueiros, o.O), o pop rock/alternativo de Minas, com a Porcas Borboletas e o Soul, com Curumim (SP). Logo após foi a vez da já veterana em Calangos, Rhox (MT), do pop psicodélico experimental da Supercordas (RJ) e um pouco mais de hip hop com o Contra Fluxo (SP). Para finalizar, estiveram no palco (en)cantando o público a banda de Pernambuco com sua mistura de ritmos, Cabruêra, e a queridinha mato-grossense, Vanguart.

... e na coletiva.


Invasão do Nortão

As bandas do Norte Hey Hey Hey e Filomedusa estiveram presentes no Festival mostrando que o ‘fora do eixo’ contempla realmente o país inteiro. As duas se apresentaram no sábado (09.08.08) e saíram satisfeitas do palco.

Formada há menos de um ano por Marcos Felipe Barbosa da Fonseca (guitarra/voz), Neila Azevedo (baixo/voz/teclado), Fiorelo Filho (baixo/guitarra/voz/teclado) e Gabriel Dantas (bateria), a Hey Hey Hey, banda da capital rondoniense, foi a segunda da noite. Na coletiva, os integrantes disseram que ficaram um pouco nervosos, mas que foi o melhor show da banda. E, além de terem se surpreendido com as Artes Integradas, a experiência que a participação em um grande festival traz é o mais importante.

A acreana Filomedusa surpreendeu não só com a boa música, mas também com o carisma da banda. Daniel Zen (baixo), Saulinho (guitarra), Thiago Melo (bateria) e Carol Freitas (voz), integrantes da banda com nome de sapo, contaram não se sentirem tão à vontade com a taxação de representantes do seu estado, pois tocam rock (a música universal), e não música regional. Já sobre a recepção cuiabana, o comentário foi um só: ‘a reação foi muito positiva’.

* Cris Guse é acadêmica de Comunicação Social/Jornalismo na UFMT e “enviada especial” do Vilhena Rock em Cuiabá.

Monday, August 04, 2008

#81 – Até que enfim, voltamos das férias

VILHENA
Música será inserida como recurso didático, em Vilhena.

A música de conteúdo educativo representa mais uma proposta didática quando aplicada em sala de aula aos alunos. Ela será utilizada pelas escolas municipais de Vilhena como recurso de aprendizagem que atrai e reforça a atenção do aluno para os conteúdos disciplinares transmitidos pelos professores. Para a prática da proposta, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) oferecerá um curso básico de violão direcionado aos educadores da rede de ensino municipal.

Projeto Professor que Toca – Sob o sugestivo tema “Uma Forma de Tocar a Educação”, o evento de abertura para o Projeto Professor que Toca foi realizado na noite de ontem, 31, na Escola Marcos Donadon. O curso terá duração de três meses e iniciará na próxima segunda-feira, 04, devendo se estender até o mês de novembro. Três professores de violão que atuam na Educação do município vão orientar os educadores para o curso que será aplicado diariamente para três turmas, em turnos da manhã, tarde e noite. 40 professores já estão inscritos.

Estágio supervisionado – Conforme informações da Semed, ao final do curso, os professores/alunos passarão por um estágio supervisionado, como forma de exercitarem a música ao método de ensinar, trabalhando os conteúdos de suas respectivas turmas em conformidade com o planejamento das aulas.