Parte III: O futuro ou coisa que o valha.
O Festival Casarão trouxe o diferencial que os debates já feitos via e-mails e MSN’s da vida puderam ser feitos pessoalmente, o que foi muito importante para reavaliação do que a gente chama “cena rock de Rondônia”. Justamente, não estávamos tratando somente da cena musical de Porto Velho, onde foi realizado o Festival Casarão.
A reunião teve como o objetivo a exposição das condições atuais da cena rondoniense e de como articular para haver mais intercâmbios, não se de idéias, mas de circulação de bandas e produtores. Não que isso já não havia sido feito antes, mas a oportunidade de trocar know how in loco trouxe mais aproximação entre os coletivos. Embora muita gente torça o nariz para isso (não economizando palavras pejorativas) o diálogo com outros coletivos Fora do Eixo é de suma importância para a expansão da música independente daqui e devo reforçar: não é o único meio de se fazer isso, mas o diálogo com pessoas que vivem em realidades parecidas com a nossa faz as coisas fluírem de forma mais fácil e cooperativa.
Desta reunião saíram encaminhamentos que já irão se concretizar no segundo semestre, como a confirmação da participação de coletivos do Acre (Catraia) e também de Rondônia (Beradeiros, Raio que Uparta, Interior Alternativo e Vilhena Rock) no I Encontro Nacional Fora do Eixo, que será realizado em Cuiabá entre os dias 04 e 08 de agosto. Além também da efetivação do circuito rondoniense, para gerar intercâmbio com Acre e Mato Grosso, que são os estados mais próximos do nosso.
Outro encaminhamento, que foi fruto de outras reuniões, é a elaboração do projeto do festival Rondônia Independente, a ser executado no segundo semestre, provavelmente em meados de outubro. Quatro cidades rondonienses já confirmaram participação: Cacoal, Vilhena, Ji-Paraná e Porto Velho.
Cenas dos próximos capítulos...
Cacoal – Localizada no centro do estado enfim está se inserindo no “ramo de produções”. A cidade tem boas bandas, mas geralmente não se têm eventos produzidos por gente ligado à cena independente. Situação que acredito que vai mudar, inclusive com a participação da cidade no festival Rondônia Independente. A banda Relicário lançará seu disco em agosto, em um evento que contará com a participação da banda Di Marco, de Ji-Paraná, destaque do Festival Casarão.
Ji-Paraná – Jipa é a cidade mais ativa do interior, além de ser a maior também. Para o segundo semestre estão previstos o Metal Jipa e o Machado Rock (provavelmente agosto). Bandas como Di Marco, Tatudikixuti, Hawk Angel, Urbanóids (em Rio Branco/AC dia 28/06) e Madeiro (em Vilhena dia 30/06) estão entre os destaques da cidade. E Ji-Paraná também está retomando a organização coletiva, processo que ainda está na fase de debates e ajustes para formalização.
Porto Velho – A capital do estado tem várias vertentes que seguramente darão frutos, já nesse semestre. Vinicius Lemos, organizador do Casarão, se consolidou como produtor de eventos e será o coordenador do Rondônia Independente em terras beradeiras. O Projeto Beradeiros está se reestruturando e o coletivo Raio que Uparta pretende em breve divulgar suas ações para o segundo semestre de 2008. Outro grupo que promete (e cumpre) é o Cogumelo Nuclear Produções, com atividades voltadas à cena metal.
Vilhena – Em julho, férias, a prioridade é formalizar o Coletivo Vilhena Rock. Atividades previstas: Encontro X (12 e 13 de julho), Rondônia Independente (outubro) e possivelmente Vilhena Rock Festival (fim do ano). Também está na pauta do coletivo a possibilidade de local para estabelecimento de um estúdio comunitário para as bandas locais bem como pontos da cidade para garantir que os grupos locais possam se apresentar com mais regularidade.
Fim da III parte.
Acompanhe a parte I aqui
Acompanhe a parte II aqui
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BANDAS DE RONDÔNIA
Banda Hawk Angel de Ji-Paraná lança EP
*Por Raphael Amorim
Na semana passada banda a banda Hawk Angel, esteve em estúdio gravando seu primeiro EP “Busca”, com três faixas (“Almas”, “Busca” e “Perfeição”), “muito mais do que esperávamos, o resultado foi um EP massa, que irá nos ajudar e muito a divulgar nosso trabalho!”, disse Walker baixista da banda, com um material de qualidade em mãos a banda pode pensar em vôos mais altos, “Nosso próximo objetivo é divulgar esse trabalho pelo dentro e fora do estado, como por exemplo mandar esse material para inscrever a banda no festival Calango em Cuiabá!”, dentro dos planos da banda está a gravação de um DVD independente em meados de setembro.
A banda é cristã e toca um estilo próprio (uma mistura de metal progressivo, hardcore, doom e etc), fundada no inicio de julho de 2007 em Ji-Paraná com o principal objetivo de levar uma mensagem positiva aos jovens.
Formada por Jéssica (vocal), Doriel (Guitarra), Walker (Baixo) e Jardel (Bateria), figuras presentes e participativas no cenário alternativo de Jipa, tanto tocando quanto na produção de eventos, “Acho que a partir desse ano a cena de Jipa crescerá e muito, a união de bandas tem se fortalecido, apoios estão chegando cada vez mais, idéias estão sendo cogitadas e postas em praticas, bandas de vários estilos e com várias propostas estão se unindo para mostrar o quanto a cena de Ji-Paraná é forte!”, afirma Walker, que também é colaborador do Interior Alternativo.
Apesar de nova a banda já se apresentou numa variedade de eventos, como o Metal Jipa 1 e 2 (Jipa, RO), Conjubaner (Alto Paraíso, RO), Festival 777 (Pvh, RO), Festival Rock e Metal (Jipa, RO), Projeto Adorar 2 (Jipa, RO), Estação Rock (Ariquemes, RO), Grito Rock 2008 (Jipa, RO), Tabernaculo do Rock (Rio Branco, AC), Dio do Desafio (Jipa, RO), Aniversário da município de Presidente Médice (RO), Aniversário do município de Ouro Preto do Oeste (RO), dentre outros, tendo o seu espaço e reconhecimento tanto em eventos gospel quanto em outros festivais.
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FESTCINE AMAZÔNIA
Melhor Vídeo Reportagem Ambiental será premiada no VI Festcine Amazônia
Entre as categorias instituídas pelos organizadores do Festcine Amazônia, os vídeos reportagens com temática ambiental produzidos em Rondônia e por outros Estados do Brasil têm ganhado espaço no Festival desde 2006, ano em que começou a exibir e a premiar vídeos de conteúdo audiovisual com reportagens ambientais em duas categorias: Melhor reportagem ambiental rondoniense e melhor reportagem ambiental nacional.
Carlos Levy explica que todos os anos as emissoras de televisão de todo o Brasil tem espaço garantido para exibição de conteúdo audiovisual com reportagens ambientais. “É uma forma de fomentar o debate em torno das questões ambientais através do telejornalismo como ferramenta importante e de impacto para conscientização através da informação”.
De acordo ainda com Levy, a Mostra de 2006 contou apenas com três vídeos na categoria Reportagem Ambiental – Farra do boi (2006) uma vídeo reportagem de denúncia realizada em Santa Catarina, de Augusto Dolenga Neto; Sapolândia (2006) também de Santa Catarina, dirigido por Cleide Klock; e ainda Crise de identidade (2006) produzido em Rondônia e dirigido pela jornalista Andréia Fortini, que acabaria por conquistar o Prêmio de Melhor Vídeo Reportagem rondoniense.
“Já em 2007 os inscritos nesta categoria no Festcine triplicou, passando de três para dez reportagens ambientais como Natureza (2005); O começo do fim? (2006), reportagem ambiental de Sidney Torres (Acre); Cooperativa sustentável (Guajará-Mirim/RO) (2007), de Emerson Barbosa; Igatu Caminhos de Pedras (2006/Rio de Janeiro), de Mariana Alves Campos; Arco do desflorestamento (2007/Rio de Janeiro), de Pedro Werneck apresentado por Paula Saldanha para o programa Expedições; Globo ecologia – um desafio para a floresta amazônica (2007/RJ), Raiz Savaget; Hábitos do Sagüi-Cabeça-Preta (2007/RO), de Rebecca Barca entre outros”.
“Não – A Natureza não pode sair de cena”, é o tema do Festcine Amazônia – Festival de Cinema e Vídeo Ambiental de 2008 que está com inscrições abertas até 29 de agosto. As inscrições podem ser feitas através do site www.festcineamazonia.com.br o evento acontece em Porto Velho, Rondônia no período de 10 a 15 de novembro de 2008. Assessoria de Imprensa Festcine Amazônia.
2 comments:
LEGAL...mas tirando as provocações o trabalho continua.
háaa Netu...tem gente que tenta esquecer de quem trabalha, saca?
Esqueceu de falar da UNDER ROCK - ela agora é interestadual e em breve terá uma edição acreana e outra peruana.
Acho que seu texto foi muito oba..oba...
Qualquer pessoa pode resolver não participar de uma reunião...fazer criticas ao Cubo, ao Eixo, ou qualquer outra coisa.
Procure dar a devida projeção para as coisas que estão sendo planejadas - assim fica mais legal, mais honesto e muito menos piegas.
Abraços
ISAAC RONALTTI
E ae Isaac, blz?
Puta manézisse minha mesmo, o UNDER ROCK já é semana que vem. Esqueci, mas não foi por mal, sério mesmo.
A provocação "...muita gente torce o nariz para isso..." cabe não só a rondonienses, mas para todo país.
Até falo, após ler o texto, fiquei realmente com a impressão "foi mamão com açúcar", mas era coisa de momento, saiu assim pelo momento, talvez pouco inspirado.
Não fiz por mal, realmente e prometo retificar.
Qualquer coisa vc (fica aberto a todos) pode enviar material sobre os seus trabalhos, sabe que publico.
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