Wednesday, February 27, 2008

#66 - Festival Casarão Ano IX

Lançamento oficial

A nona edição do Festival Casarão foi oficialmente lançada ontem, dia 26 de fevereiro, em coletiva de imprensa realizada no Myioshi Eventos, onde na ocasião foram apresentados o formato do festival, além dos locais e também as primeiras bandas confirmadas para o evento. Para esta edição o festival contará com a presença de 33 bandas de vários estados brasileiros, além de jornalistas e produtores do meio musical independente.

Esta edição gera muita expectativa em razão das atrações confirmadas e também vale dizer que o apoio da Petrobrás trouxe mais visibilidade ainda para o evento.

O festival será realizado dos dias 02 a 04 de maio e, assim como 2007, em dois locais diferentes. Nos dias 02 e 04 de maio, sexta e domingo respectivamente, o festival será realizado na casa de shows Kabanas. No sábado (03/05) o local será o Casarão da Estrada do Santo Antônio, ícone histórico de Rondônia.

Bandas confirmadas e as polêmicas headliners

As bandas headliners, bandas que encerram as noites, foram confirmadas durante a coletiva: Cachorro Grande, Dead Fish e Pitty. Nesta ordem elas encerrarão as noites de sexta, sábado e domingo. Embora nomes festejados do rock nacional a escolha de nomes ligados ao mainstream, bandas que possuem contrato com gravadoras grandes, sempre foram motivos de debate entre os associados da ABRAFIN (O Festival Casarão é um dos associados da Associação Brasileira de Festivais Independentes). Alguns membros associados defendem que nos festivais ligados à associação só devem figurar bandas independentes enquanto outros acreditam que a inserção de atrações já consagradas eleva a visualização dos festivais e contribuem para a circulação (atração) de um público que não costuma ir a eventos com bandas independentes.

O rock independente, é claro, se fará presente e os primeiros nomes divulgados não deixam dúvidas quanto ao nível do festival. A banda Querembas, da Bolívia, é uma banda que tem gerado bastantes expectativas por ser a “ilustre desconhecida do festival”, mas no Youtube você pode encontrar performances da banda.

As outras bandas divulgadas foram MQN, Macaco Bong e Mukeka di Rato. MQN é um dos maiores exponenciais do rock goiano e nacional, cujo vocalista, Fabrício Nobre, é o atual presidente da ABRAFIN. Macaco Bong é uma das apostas do rock independente nacional para 2008, com seu rock instrumental que funde elementos como jazz e hardcore, e já conhecido em terras rondonienses. Mukeka di Rato por sua vez é uma das maiores bandas de hardcore nacionais de todos os tempos, discos como “Gaiola” são clássicos. Como pode se ver, é um festival para todos os gostos.

Edital de Festival de Música

A 9ª edição do festival foi viabilizada através da participação do evento no Edital de Festival de Música realizado pelo Instituto Moreira Salles, um dos mais respeitados do Brasil, e do Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet, em que a Petrobras participa como patrocinadora. Assim, o processo de seleção teve duas etapas. Uma de análise de projetos, onde 259 projetos do Brasil inteiro se inscreveram. Após essa etapa, foram divulgados 30 finalistas, que passaram por uma sabatina no Rio de Janeiro, onde depois dessa fase, foram divulgados os 24 projetos contemplados. Dentre eles, o Casarão Ano IX. Sobre a importância do Edital e dos eventos realizados que foi contemplado, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, explanou "Estamos trabalhando para reforçar o papel da música brasileira e de seus criadores na formação de uma identidade plural, híbrida, na qual se articulam o popular, o massivo e o erudito, o próprio e o alheio, o local, o nacional e o global", durante a cerimônia de lançamento, realizada no Palácio da Cultura Gustavo Capanema.

Ciclo de palestras

O ciclo de palestras está marcado para os dias 30 de abril e 1° de maio com a participação de representantes da Petrobrás e também de críticos musicais. Já estão confirmados jornalistas da revista especializada Rolling Stone, do site Senhor F e do Canal Multishow.

Também haverá a palestra, já tradicional, sobre o Casarão, local do evento e ponto histórico de Rondônia. Temas como “Imprensa especializada e a música”, “Petrobrás e a nova cara da música brasileira” estão na pauta dos debates.

Prévias

A 9ª edição do Festival Casarão terá como novidade a realização de prévias para selecionar bandas do interior do estado. Serão realizadas duas seletivas sendo que uma em Ji-Paraná (19/04) e a outra em Vilhena (20/04). Para encerramento das duas seletivas foi confirmada a banda paulista Rock Rocket, além de atrações locais.

As inscrições para as bandas interessadas em participar das seletivas estão abertas até o dia 15 de março. No dia 30 de março serão divulgadas os nomes da bandas que participarão das seletivas em Jipa e em Vilhena. Ao total seis bandas serão selecionadas (três para cada seletiva) para preencherem as vagas do interior no Festival Casarão Ano IX.

Para participar da seletiva a banda deve enviar material autoral (de preferência três músicas em formato mp3), release, foto de divulgação e no campo assunto do e-mail digite o nome da banda e a seletiva de qual pretende participar, ex.: “Banda Enmou – Seletiva de Vilhena”.

E-mail para envio de material: fanrockdiscos@gmail.com
Fonte: Assessoria / Beradeiros

Tuesday, February 26, 2008


#65 – Contra quem lutamos
* Por Raphael Amorim

“Algumas coisas você só aprende tomando no cu!!!”

Por favor, peço desculpas pelo baixo calão, mas, era exatamente assim quem um amigo costumava falar quando se referia as coisas que ele fazia pelos outros, e os mesmo ou reclamavam ou não davam o devido valor ao seu feito.

Desde meus dez para onze anos quando ouvi Ramones pela primeira vez, decidi que era aquilo que eu queria, mas nenhum lugar do disco dizia o que seria necessário pra se fazer aquilo, e olha que parecia tão fácil, 4 acordes, 4 instrumentos e 4 amigos, hum, aparentemente fácil, errado, muito mais difícil do que parece.

O fato é que além de montar uma banda você precisa por ela em prática e isso é o que gera as mais loucas e mirabolantes histórias, ainda mais em lugares pequenos, onde as bandas não têm onde tocar e muitas vezes não tem pra quem tocar, nesse embalo é que essas com pensamentos revolucionários, quase um Che (Guevara), decidem que o lance é a luta armada, ou melhor, empunhar as guitarras (baixos, teclados, microfones e outros) e ir a luta por um espaço mais alternativo e democrático.

Então a idéia está semeada, agora só falta arrecadar apoios, selecionar as bandas e montar uma equipe de interessados, que em alguns lugares demoram a aparecer, quando aparecem, passado essa primeira fase o lance agora é organizar um evento e começar a por quente pra se incluir no cenário local, quiçá nacional, o que não é tão difícil hoje, graças à internet.

Ok, tudo planejado, poucos apoios, já que roqueiro é tudo doido e não é consumidor, não compra, não trabalha, alguns coletivos tem conseguido mudar a maneira como o comércio vê a classe, mesmo com poucos apoios faz-se o evento já que a bilheteria vai ajudar a cobrir os custos, mas espere! Não ligue agora! Nenhuma das sete bandas selecionadas e nem as cinco não selecionadas pro evento são filiadas a Ordem dos Músicos Templários do Tibet, então se for cobrada a entrada o evento será embargado, aparelhagem apreendida, músicos repreendidos e espancados em praça pública, pra mostrar que tem que se andar na linha se não o bicho papão vem e CRÉÉÉÉÉÉUU (na velocidade 5).

Certo, não é bem assim, mas a primeira idéia que se tem é a que será essa, ou os porões da ditadura, então não se pode mais contar com a bilheteria, o que resta e aqueles 30 reais, 15 reais que sobrou do pagode de cada um pra ajudar, então aquele som power já não será mais double soundround, os cartazes terão que ser xerocados, e o evento aberto, certo dos males o menor.

Então, aquela banda que parecia ser a que se destacaria, acaba dois dias antes do evento ou no dia se recusa a tocar devido a pouca qualidade do som, mesmo a banda tendo se apresentado somente uma vez, corre-corre, chama-se outra, ai uma outra que não foi convidada, e por mais que você tente dizer, que foi feito um processo rigoroso de seleção, que foi buscada a diversidade e não a quantidade, e que sete bandas já é muito, e não vai ter como tal banda tocar dessa vez, mas que fique tranqüilo, que no próximo ela estará presente, não vai adiantar nada, afinal sua banda vai tocar, e pouco importa se é você que vai ter tirar grana do seu mísero e suado salário pra resgatar aquela promissória que você assinou pro cara do som, ou se é você quem vai ter ir no fórum explicar por que uma menina que você nunca viu na vida, estava caindo de bêbada e que você só viu na hora que o juizado apareceu, o lance é que a sua banda não é melhor que a dele, e o justo seria a dele participar, e não a sua, você relutante tentar achar motivos pra explicar, mas acaba não dando idéia, e essa figura que deveria dizer “Tudo bem !! No próximo a gente bota pra quebrar!! Cês tão precisando de ajuda ou algo assim??”, mas não nunca dizem.

O evento acontece, cheio de imprevistos, faltando mais coisas do que sobrando, muitos falam mal, outros falam bem, mas estavam todos lá pulando, cantando, suando e esperando o outro dia pra dizer que foi uma “merda”, mas você se acostuma, mesmo pensando “eu nunca mais faço isso de novo, esse povo que se foda!”, e dois meses depois você está lá de novo discutindo com o guitarrista de tal banda por eles não vão tocar dessa vez, e a outra banda vai...

... e é como eu sempre digo , eu faço o que faço por que gosto, por que nada paga a galera cantando e pulando enquanto uma banda boa (de verdade) está tocando, mesmo com as adversidades o rock sempre vai ser assim, pelo menos fora dos grandes eixos e é daí que os talentos emergem, não só em bandas, mas em organização, companheirismos e respeito.

Raphael Amorim é guitarrista e vocalista da banda Di Marco e um dos agentes do Interior Alternativo.

*Dedicado aos camaradas dos coletivos de RO, Beradeiros e Vilhena Rock

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A OMB É LEGAL?
COMUNICADO DA OMB

Vilhena, 26 de fevereiro de 2008.

Comunicamos que nesta sexta feira 29/02/2008, a partir das 19:30 horas na sede da O.M.B. localizada na Avenida Capitão Castro, n° 3310 – Centro, será realizada uma reunião com os músicos que tenham interesse em regularizar a sua situação.

Nesta reunião serão apresentadas as propostas da O.M.B. e os esclarecimentos das dúvidas, além da ampliação do parcelamento para que se possa tirar a carteira.

Sem mais,

Atenciosamente.

Ronis Salustiano da Silva
Delegado Regional
OMB 558/RO


Este comunicado foi recebido hoje pela manhã na Prefeitura de Vilhena e o convite é para todos os músicos locais que tiverem interesse em tirar suas dúvidas, questionar seus direitos e debater sobre a OMB em Vilhena.

Não fomos informados sobre a presença do presidente do conselho em Rondônia. De qualquer forma é de essencial importância a participação de todos os músicos que forem contra, a favor e quem tem dúvidas sobre a cobrança da carteira da ordem dos músicos em Vilhena. O debate saudável é a melhor solução.

Coletivo Vilhena Rock

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LITERATURA
LEI DO LIVRO: CADÊ O LEITOR?
* Por Geraldo Maia
Podemos afirmar com uma grande margem de acerto que a indústria editorial no Brasil (e na Bahia) vai muito bem, obrigado. E não é para menos. Afinal, no ano de 2003, foi promulgada a Lei 10.573, a charmosa Lei do Livro, que acabou com os impostos relativos à produção do livro no país a fim de baratear o seu custo e de criar um Fundo de Incentivo à Leitura através de 1% do faturamento das editoras. Claro que a idéia, aparentemente, é ótima, pois o menor preço do livro acarretaria um maior acesso ao mesmo com um conseqüente número bem maior de consumidores.
Tudo muito belo. Mas na prática tal não acontece. Nem o preço do livro baixou, nem o acesso ao livro aumentou, nem as editoras contribuem para o tal Fundo de Incentivo à Leitura. E o que acontece mesmo? Bem, o mercado do livro no Brasil fatura anualmente cerca de três bilhões de dólares, mas só o Ministério da Educação compra algo em torno de 70% do que é vendido, quase tudo livro didático (e para-didático), quase nada de literatura e nada, nada mesmo de poesia. E se for literatura e poesia negra e/ou indígena aí o bicho pega, nadíssimo de nada.
Resultado: milhares de livros são distribuídos nas escolas, mas pouquíssimos alunos sabem ler ou interpretar o que leram. O que poderia mudar essa realidade, a presença da literatura e da poesia em sala de aula, não existe. Nem contadores de histórias, nem cordelistas, rappers, emboladores, fazem parte da cabeça dos professores, do conteúdo das jornadas pedagógicas, do currículo das escolas. Ano após ano nada se discute para por em prática a formação de leitores através mesmo de uma simples leitura em sala de aula como atividade obrigatória em todas as disciplinas.
Apesar de que a cada dia serem descobertas novas experiências de sucesso com o uso da leitura e releitura em sala de aula no tocante à diminuição da repetência e da evasão em matérias como matemática e química onde a leitura é sempre vista como algo obrigatório, difícil, chato e distante.
Por tudo isso, no Brasil, nenhum escritor consegue viver do seu trabalho, quase sempre obrigado a buscar a sobrevivência em outras atividades como tradução, palestras, oficinas, cursos, etc. A Lei do Livro foi aprovada, mas as editoras nada fazem para apoiar bibliotecas e programas de leitura quando nada com a doação de títulos que possibilitem a atualização de acervos e a dinamização do espaço para além de um mero depósito de livros velhos, mas como autêntica usina de apoio à criação de múltiplos saberes, fazeres e leituras do mundo.
E muito menos as editoras trabalham em contrapartida aos benefícios da Lei, no sentido de fazer com que os escritores e poetas possam pelo menos sonhar em viver do que fazem. Nem no de capacitar professores para que possam levar a literatura e a poesia para a sala e aula como prática principal para a formação de novos leitores com capacidade de pensar criticamente o conteúdo dos livros. Claro que isso é perigoso para a manutenção do estabelecido. No mínimo os editores devem ficar com medo de que a literatura e a poesia venham atrapalhar as polpudas vendas dos valiosos e insípidos "didáticos" e de alguns "para-didáticos".
e é burrice ou má fé ainda não se pode afirmar, mas afinal, para que serve a Lei do Livro? Para estimular a compreensão da leitura ou a usura dos editores? Onde anda o Fundo de Incentivo à Leitura, no fundo do poço da ganância ou na inoperância da Lei? O que sei é que 95,5% dos alunos na quinta série do ensino fundamental não consegue compreender um pouco do que leu. No ensino médio, 67% dos alunos não compreende os textos do seu nível se escolaridade. E 57% dos alunos em onze anos de aprendizado não consegue compreender nada do que lê ao sair das escolas. No nível superior não é muito diferente, pouquíssimos entendem o que lêem.
Podemos concluir então que talvez seja oportuno criarmos uma Lei da Leitura (mais uma) já que até agora a do livro beneficiou apenas a ganância e a usura das editoras. Porque produzir livros está provado que sabemos faze-lo e bem. E mal ou bem velhos e novos escritores e poetas quixotescamente garantem a sobrevivência da literatura e da poesia. Mas a formação de leitores ainda não passa pela cabeça da maioria das pessoas. Quase todos acham que basta alfabetizar e comprar livros que todo mundo vai correr para as estantes e começar a leitura. Não percebem que formar leitores é um processo lento com início antes mesmo da fecundação (fase individual), durante o período embrionário (fase conjugal) e até por volta dos dez anos de idade (fase familiar). Em qualquer tempo é responsabilidade preponderante dos pais coadjuvados pelo estado (fase regional) na forma de professores, mestres, agentes de leitura, círculos de leitura, caravanas de leitura, caminhos de leitura a serem percorridos na fase nacional com livros, bibliotecas, escritores, contadores de histórias, arte-educadores, brincantes, facilitadores e mestres da leitura oral, escrita, visual, corporal, cênica e tecnológica em redes de rodas eletrônicas de leitura bandalargadas (fase internacional/cósmica).

Geraldo Maia é poeta na Praça (BA), Escritor nas Ruas e Doutor Honoris Causa no breu das Coisas

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AGENDA
Confirmadas as datas do Festival Fora do Eixo

Será realizado entre os dias 18 e 25 de abril a segunda edição do Festival Fora do Eixo, que em 2007 levou a sete casas de shows paulistanas dezenove bandas dos mais diversos estados FE do país. Conforme Pablo Capilé, do Cubo Planejamento, detalhes sobre o projeto estão sendo debatidos pelos produtores do circuito, que definirão o formato da produção deste ano. O bacana é que o festival acontecerá uma semana antes da Virada Cultural em SP, o que dias intensos de mostra da produção fonográfica independente atual. As bandas interessadas em fazer inscrições devem enviar três mp3’s, mais fotos e release para o e-mail festivalforadoeixo@gmail.com.

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AGENDA 2
Virada Cultural promove parceria com a ABRAFIN

A Virada Cultural, já tradicional em São Paulo, contará com um palco coordenado pela Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIN). O evento será realizado nos dias 26 e 27 de abril, com 24 horas ininterruptas de ações culturais espalhadas pela grande São Paulo.

As atrações foram selecionadas pelos associados e entre os nomes que irão passar no palco da Abrafin estão MQN (GO), Boddah Diciro (TO), Mechanics (GO), Mundo Livre S/A (PE), Fóssil (CE) e Coveiros (RO).

Thursday, February 21, 2008

#64 - Informação nunca é demais

A OMB É LEGAL?

Debate sobre a OMB em Vilhena
* Por João Regert

Foi realizado ontem (20/02/2008) na Associação dos Moradores do Setor 6 um debate sobre a atuação da OMB em Vilhena e consequentemente no estado de Rondônia. O debate, marcado para as 18 h, teve início às 18:42 quando Valdir Alberto, músico e apresentador de TV, expôs a sua preocupação diante às exigências da OMB, que, segundo ele e várias pessoas presentes na reunião, não condiz com a realidade da qual a maioria dos músicos vilhenenses vivem.

O valor para confecção da carteira, primeira anuidade e taxas para burocracia, que no total é R$ 220,00, que é inviável para muitos músicos da cidade, além de não se ver nenhuma vantagem clara ao adquirir a carteira, a não ser o fato que se pode tocar sem a interferência indesejada de um fiscal.

Na reunião estava presente o Sr. Roberlei, advogado, que ali estava para prestar esclarecimentos jurídicos aos músicos presentes. Foram apresentadas à ele liminares que foram concedidas em outros estados favorecendo à músicos que se põe contra às exigências, às vezes arbitrárias, da OMB. Ele se dispôs a estudar possíveis recursos a favor dos músicos que se sentirem cerceados pela atuação da instituição no município de Vilhena.

O maestro Ronis Salustiano, delegado da OMB em Vilhena também se fez presente na reunião, o que ajudou a elucidar várias dúvidas dos músicos presentes. Ele explicou que a OMB quer regularizar a profissão de músico em nossa região, promete vantagens aos músicos como convênios como comércio entre outros fatores. Também falou que é uma forma de “proteger” os músicos locais contra músicos “irregulares de fora que tomam o lugar de músicos regularizados no município”.

A reunião foi bastante produtiva, já que muitos músicos da cidade não conheciam o delegado regional (e a recíproca é verdadeira) e puderam saber mais sobre a atuação da OMB não só no estado como no país todo. A maior crítica ficou clara que é a cobrança de um valor que não condiz com a realidade financeira de vários músicos do município e também da não clareza de alguns aspectos positivos que a OMB poderia apresentar. Fora o fato de que o delegado citou sobre a questão da aposentadoria como músico, que só seria possível para quem dispõe da carteira da ordem, algo que foi corrigido por um senhor que é aposentado como músico, mas não precisou apresentar a carteira da ordem para tal. Bastou cumprir com suas obrigações previdenciárias. Esse fator deixou claro que ainda existem pontos obscuros que deixam fazem muitos músicos fazerem a carteira de músicos mais por receio do que por livre e espontânea vontade.

No fim do debate o maestro Ronis prometeu a visita do presidente do conselho regional da Ordem para semana que vem (a que era prometida para essa semana) para elucidar os pontos que ficaram obscuros ainda nesta reunião, que com certeza foi a primeira de muitas outras de interesse para os músicos locais.

Como citado o saldo do debate foi positivo, com a abertura de diálogo aberta pelo representante regional da OMB, Sr. Ronis, e também com atitudes positivas como a de Valdir Alberto, que é a de reunir artistas para fazer valer seus direitos e esclarecer dúvidas que afetam a todos os interessados. E tudo acontecendo em um clima cordial e informativo, como todo bom debate deve ser.

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CIRCUITO FORA DO EIXO

O novo rock do Brasil
* Por Fernando Rosa, editor do site Senhor F

Foi na segunda metade dos anos 90 que toda uma geração de músicos brasileiros começou a perceber que havia algo de podre no reino da indústria fonográfica. A expansão do acesso à internet e às novas tecnologias possibilitou uma troca de informações sobre a música produzida fora do mainstream como nunca antes havia acontecido. A produção independente começou a circular a uma velocidade crescente e logo foi possível constatar que o que havia de melhor, mais criativo e genuíno na música jovem feita no Brasil estava à margem das grandes gravadoras e estações comerciais de rádio.

Por um breve momento, acreditou-se que a circulação da música independente seria uma chance de renovação do mercado, com a aposta das gravadoras em novos nomes dessa emergente cena. Essa crença durou pouco, felizmente. Rapidamente, essa mesma geração de artistas descobriu que havia um caminho próprio para trilhar, longe de uma visão desgastada da indústria, e assumiu de vez sua condição de independente. Hoje, apenas uma década depois do início dessa revolução musical, existe no Brasil um grande movimento de bandas, produtores, jornalistas e pessoas interessadas em nova e boa música, fazendo a cultura da música jovem brasileira avançar.

As novas tecnologias possibilitaram não só a divulgação da música, mas também o lançamento de discos cada vez mais bem produzidos, dando qualidade técnica à criatividade dos músicos. Com isso, selos surgiram e começaram a dar corpo a um mercado paralelo. Ao mesmo tempo, produtores de festivais independentes passaram a realizar eventos por todo o país, o que levou à criação, em 2006, da Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin). Hoje, os festivais servem de plataforma para centenas de bandas, contribuindo para a divulgação da nova música e formação de público.

Esta coletânea inédita que a Brazuca disponibiliza para download livre (http://www.magazinebrazuca.blogspot.com/) é uma prova da qualidade e diversidade da música produzida hoje no cenário independente brasileiro. Nela estão artistas e bandas dos mais diferentes estados do Brasil, do Rio Grande do Sul ao Acre, passando pelo Mato Grosso e Goiás, entre outros. No som, um rock moderno, de variadas tonalidades, com uma poética sintonizada com os novos tempos do país e do mundo. Um cenário tão rico que pode render, certamente, muitas outras coletâneas, tão boas como essa, com seleção da Agência & Revista Senhor F – que acompanha esse processo desde o final dos anos noventa.

Texto publicado originalmente no blog Magazine Brazuca:
http://magazinebrazuca.blogspot.com/2008/02/cest-quoi-ce-nouveau-rock-brsilien.html

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CALOURADA

Quem vem com tudo não cansa! Calourada UNIR 2008
Publicado originalmente no blog do Projeto Beradeiros

Começo de ano letivo acadêmico é tempo de receber os novos alunos. A Universidade Federal de Rondônia, tradicionalmente, oferece uma festa á calourada na escadaria da Unir Centro, e a desse ano acontecerá nessa sexta-feira dia 23/02 a partir das 20:00h com a participação de artistas como Ronildo, Hey Hey Hey, Kilowatts, Banda Ruassaf e MHF- Hip- Hop. Compareça, prestigie, leve tintas e coisas pra cortar cabelo, afinal, os “Bixos” merecem atenção e cuidados especiais com o visual, você não acha?!

Tuesday, February 19, 2008

#63 - Bola rola, mundo gira...

Calouro é o Bixo!!!
Quarta feira no saguão principal da Universidade Federal de Rondônia – Campus de Vilhena será realizada uma atividade musical com os novos acadêmicos da UNIR local. Participação de músicos de bandas locais fazendo sessões acústicas. Não percam.
Voz, violão e calourada = diversão.
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FESTIVAL
Villa Rock

Vilhena conta agora com um novo festival de rock: o Villa Rock de Vilhena. Em fase de produção o evento será realizado em julho pela Escola de Música Villa Lobos. O objetivo do festival é divulgar os novos talentos da música local e regional e também abrir espaço para as bandas mais experientes. O evento será dividido em duas partes: na primeira metade tocarão as bandas de rock gospel e na segunda tocarão bandas de outros estilos.

Quem quiser saber mais informações é só procurar a Escola de Música Villa Lobos, na Av. Capitão Castro, próximo a Nutri Plantas.
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A OMB É LEGAL?
Músicos debatem exigência da OMB
* Publicado por Mário Quevedo

Os artistas se reúnem na próxima quarta-feira (20/02) - amanhã - para entrar com medida questionando cobranças de taxas da Ordem dos Músicos do Brasil. A iniciativa de reunir a categoria é de Valdir Alberto, músico e apresentador de TV. Ele afirma que em vários estados do país a classe já conseguiu derrubar a cobrança.

A reunião será realizada na sede da Associação de Moradores do Setor 06 - localizada próximo à Móveis Gazin da Av. Paraná -, com início previsto para 18 horas. Mais informações pelo telefone 9971-4319

Fonte: http://www.extraderondonia.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=356
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ARTISTA VILHENENSE
Tavinho do violão lança CD novo
* Publicado por Mário Quevedo

É o quarto trabalho deste artista vilhenense que reside há 21 anos na cidade. O disco conta só com músicas de autoria, mesclando gaúcho e sertanejo. Otávio Lucietto já tem produção para lançar seu 5° trabalho. “Mas preciso vender um pouco deste cd para levantar o dinheiro suficiente a fim de bancar a produção”, explica.

Tavinho do Violão vende seus discos pessoalmente, de porta em porta, além de se apresentar em bailões e em festas.

Fonte: http://www.extraderondonia.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=263
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ABRAFIN
Tem festival, mas também dúvidas

Saiu ontem e já mexe com a cabeça de milhares de jovens em busca de um sonho: ser revelado num palco de um grande evento. Anualmente, a Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin) publica o calendário com as datas de seus festivais afiliados. A lista de 2008 tem 30 mostras de pequeno ou médio porte e servem como trampolim de lançamento de novos artistas. Para poder integrar a Abrafin, é preciso ter não mais do que 30% da programação formada por bandas consideradas grandes, como O Rappa, Biquini Cavadão, Sepultura e Skank, por exemplo. Mas, ainda que exista uma profusão de grupos do novo pop rock, como o carioca Manacá, o brasiliense Móveis Coloniais de Acaju e o cuiabano Vanguart, em muitos casos são esses nomes já manjados que garantem bons públicos para os eventos. "As bandas que artisticamente nos interessam já vieram para o festival pelo menos duas vezes. Houve o pop rock dos anos 80 e o dos 90, com bandas que cresceram e ficaram conhecidas. A década de 00 já vai terminar. Se alguma coisa expressiva tivesse que acontecer já teria acontecido" - sentencia Paulo André, produtor do festival recifense Abril Pro Rock, que completa 16 edições neste ano e pretende confirmar as bandas de metal Helloween e Gamma Ray como principais atrações. "Para uma banda poder ser considerada um estouro nacional, ela tem que ser conhecida no Nordeste. Se não for, é apenas um sucesso regional".

Jomardo Jomas, idealizador do Mada, de Natal, completa agora 10 anos lidando com problema semelhante para confirmar atrações de apelo popular que possam garantir o sucesso de seu evento.

"Em relação ao mercado mainstream, houve uma quebra que foi geral. As bandas que eram grandes há alguns anos continuam sendo as mesmas. Desde 2001, não tivemos uma banda que chegasse ao topo. Se você quiser colocar uma grande atração para conseguir público fica sem opções" explica Jomas, que investiu em 2004 na banda nova-iorquina The Walkmen, sucesso de crítica, mas fracasso de público.

Pablo Capilé, que produz os festivais cuiabanos Calango e Grito Rock, não adota a mesma estratégia de seus companheiros de Abrafin.

Pablo Capilé, que produz os festivais cuiabanos Calango e Grito Rock, não adota a mesma estratégia de seus companheiros de Abrafin. "Em todas as edições nunca colocamos um headliner de uma grande gravadora. Na tentativa de consolidar o mercado médio, só investimos em bandas como Móveis Coloniais do Acaju, Vanguart e Forgotten Boys. A mídia especializada acaba cobrindo só as bandas mais conhecidas. As fórmulas do Mada e do Porão do Rock (festival de Brasília) não são aplicadas por mim" conta Capilé.

Pequeno ou médio? Depende...

Das 13 edições do Goiânia Noise, quatro foram realizadas com apoio da lei de incentivo à cultura do estado e três com a do município. A edição do ano passado foi feita com verba de edital da Petrobras. Mesmo sendo um festival independente, o evento depende de empresas para saber qual será seu tamanha a cada ano. "A gente quer se concentrar num formato. No festival tocam bandas de Goiás e grupos novíssimos que nunca vieram aqui (sobre o Bananada). Já o Goiânia Noise é composto por entre três e seis atrações internacionais de pequeno e médio porte e os grandes destaques do ano no Brasil" - diz Fabrício Nobre, produtor goiano de dois dos maiores festivais de seu estado.
Nobre enumera com facilidade as vantagens do calendário divulgado pela Abrafin: "Conseguimos fazer parcerias para dividir custos, fica mais fácil ter a imprensa em todos, não divide público. A grande dificuldade é conseguir patrocínio. Mesmo com as leis de incentivo fiscal e o apoio de empresas como Petrobras e Tim, ainda falta muito".

"Queremos ter mais facilidades com relação à Lei Rouanet e adequá-la para facilitar o circuito de festivais" antecipa Jomas.

"Do orçamento do Calango, 40% são de passagem aérea. Tudo ainda é muito distante e as passagens são caras" completa Capilé.

O carioca Rodrigo Lariú, que produz o Evidente (estréia em março), também se queixa da dificuldade de conseguir apoio, mas tem outra reclamação."É difícil fazer com que o público no Rio se interesse por bandas novas".

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/editorias/cultura/papel/2008/02/15/cultura20080215011.html

Monday, February 18, 2008

#62 - E o Norte gritou!

As edições do Grito Rock América do Sul foram bem calorosas e produtivas. Aqui vai um pouco do que foi feito e registrado na região:

GRITO ROCK 2008 Ji-Paraná

*Por Raphael Amorim

Sábado, dia 16 de fevereiro, foi realizado em Jipa a 2ª edição do GRITO ROCK, feito com baixo custo e muita força de vontade, aliás muito mais força de vontade.
O grito aconteceu no ginásio de esportes Gerivaldo José de Souza, o Gerivaldão, daquela conhecida forma de se fazer movimentações alternativas sem apoio, som que o bolso pode pagar, palco feito naraça pelas bandas, iluminação natural, e divulgação de internet, devido a falta de carteiras de OMB (humm) não foi cobrada entrada o que fez do evento aberto, ótimo também. O que mais nos supreendeu foi a participação da galera, alguns só indo embora quando o guardinha foi apagar a luzes, e a presença das cidades vizinhas como Presidente Médici, Ouro Preto, Cacoal, Ariquemes entre outras.
A noite começou com atraso (sempre) e foi aberta pela banda de Punk Rock Gospel EXTREMA UNÇÃO com um repertório curto porémmuito bem tocado. Em seguida veio a DI MARCO, mandado o bom e velho rock and roll alternativo, gerando uma interação bonita de se ver em Jipa entre o rock alternativo e a galera do metal (sou suspeito prafalar ahauhaua), então entrou em cena a tão falada HAWK ANGEL como seu Metal Gospel, botando galera pra pular, e mostrando um grandefeeling por parte dos integrantes, muito bom. A banda NEÓFYTOS entroucom um pouco de atraso por motivos de "fonte" ahaaha, mas quando estavam prontos mandaram aquele som sinistro que sempre mandam muitobem, os destaque ficou para o novo batera André, e claro o vocal Phabloque é um caso a parte, a noite foi encerrada pela banda de Cacoal NOVA ERA, que segurou a galera até os ultimos acordes, embora convocadaem ultima hora demostraram muita garra.
O saldo final foi positivo, a imprensa esteve presente registrando tudo, as bandas que não estiveram presentes fizeram muita falta, como o casoda ULTIMATO de Pvh que não veio por motivos de grana, até a bandaque não tocou por que o som não estava a sua altura (melhor não citar nomes)mas no fim tudo deu certo, bandas e público satisfeitos, injeção de ânimopra todos, o que significa cena fortalecida e que venham os próximos.
Obrigado a todos que estiveram presentes, ajudando, tocando, curtindo ou mesmo falando mal, muito obrigado mesmo...
* Raphael Amorim é vocalista/guitarrista da banda Di Marco


Grito Rock Boa Vista 2008


A independência do rock roraimense
* Por Victor Matheus

Há alguns anos atrás em Boa Vista, a cena rock era desanimadora. Pouquíssimas bandas acreditavam no seu talento e se esforçavam para divulgar suas músicas, enquanto quilos de bandinhas de proveta tocavam cover’s, faziam tributos e todo tipo de mercenarismo inimaginável acreditando que esse era o melhor caminho para divulgar e obter o reconhecimento do seu trabalho, ou seja, ridículo.

Hoje, a história é bem diferente, e o Grito do Rock Boa Vista, organizado pelo Coletivo TomaRRock, serviu para mostrar que agora a cena rock em Roraima mudou, e pra melhor, além de dar um singelo recado de “cala boca e pede pra sair” pra quem ainda pensa que só tocando covers de sucesso que se ganha o respeito e faz “ a galera agitar” de verdade.

Nos dias 08 e 09 de fevereiro, na Praça Velia Coutinho - Complexo Ayrton Senna, 14 bandas, sendo 11 de Roraima e 3 do Amazonas, provaram isso, tocando suas músicas com vigor e paixão, dando a cara à tapa e o que mais fosse preciso para defender suas composições, fazendo as mais de 3 mil pessoas que passaram pelos dois dias de festival se ligarem que aqui em Roraima tem gente fazendo rock de qualidade. Mais gratificante ainda é notar como algumas bandas já tem um público cativo que canta suas musicas, mesmo sendo pouca ou nunca divulgadas nas rádios locais. O Rock Roraimense tem potencial e há muito tem provado isso.

A estrutura do Grito Boa Vista assustou até os mais otimistas. A começar pelo fato do evento ser gratuito e ao ar livre, além de todo um apoio logístico, com stand dos patrocinadores, área de alimentação, banheiros, amplo estacionamento e ótima localização. A Mídia local (Jornal escrito, sites, rádios e canais de TV) fez uma cobertura eficiente, gravando reportagens, entrevistando bandas e registrando todos os momentos do Festival, antes, durante e após o evento, algo até então inédito para um evento de rock em Boa Vista. O som e a iluminação não deixaram a desejar, e nenhuma banda se prejudicou. A estrutura ainda contou com um camarim bem confortável e amplo para as bandas que aguardavam sua vez de tocar. Após o show , cada banda era conduzida para uma entrevista coletiva realizada pela organização do evento, e um release da apresentação era atualizado no site do coletivo (http://www.tomarrock.com/). Quem não pode ir, ficou sabendo quase em tempo real o que estava rolando. Todos esses pontos credenciaram o Grito do Rock Boa Vista a status de mega festival, e cito por merecimento. Certamente estará no próximo ano no mapa dos bons e grandes festivais independentes do norte.

A 1° noite do Grito começou com um atraso de duas horas, devido à montagem do som. A banda Yekuana subiu exatamente 21:00h, trazendo no seu som muita atitude (todos os integrantes estavam vestidos de garis, no melhor estilo das bandas nordestinas). Som com influências que vão do Hip Hop, passando pelo Reggae até o Metal extremo. Letras Politizadas. Destaque para a música “Mensaleiros Sangue Sugas” (com um refrão direto e sem enfeites – Mensaleiros Sangue Sugas, bandos de Filhos da Puta) e a participação de um grupo de hip hop do bairro 13 de setembro, mostrando a perfeita harmonia e integração entre as tribos. Em seguida, subiu a banda Hangar HC, hardcore direto feito pra quem curte skate. Letras fáceis, melodias simples. Destaque pro guitarrista Bento Filho, uma das promessas da guitarra Roraimense. Depois, com 12 anos de existência, a banda Garden subiu no palco do Grito pra mostrar como anos de estrada só contribuem para o entrosamento de uma banda que conta com músicos de qualidades técnicas indiscutíveis e admiradas. Tocaram musicas do seu CD de estréia, além de cover’s de artistas locais como a música Cruviana (Neuber Uchôa) e Locomotiva (Ben Charles). Destaque para Nequinho – Bateria, o coração pulsante da banda. O show ainda contou com a participação de Fabrício Cadela (Mr Jungle) nas guitarras. Na seqüência veio a Klethus, chamada de dinossauro do rock roraimense, afinal a banda está na área desde 1993. O som tem a pegada de new metal com pitadas de progressivo, letras reflexivas. A Klethus se prepara pra lançar o primeiro CD no mercado em breve. Destaque unânime pra guitarra/vocal Ellen Carmaine, mostrando que peso na guitarra não é coisa só de homem. A 5ª banda a subir no palco do Grito Boa Vista foi a Somero. Sem dúvida, uma das grandes promessas do rock boavistense para 2008. O som indie, carregado de romantisco e simplicidade, contagiou o público. O Carisma de Vinícius Tocantis – Vocal/guitarra, Paulinho – Baixo e Bizonho – Bateria convidou o público para embarcar no som intimista que a banda faz com competência e personalidade. Encerrando a 1ª noite do Grito do Rock Boa Vista, Several Bulldogs veio com seu Hard Rock até o osso e um EP lançado na praça. Destaque pra música “Bandida” a preferida do público local, e o virtuosismo da dupla Rubens – Rafael, que dispararam licks furiosos, deixando os rockers sedentos de hard rock poser de alma lavada.

A 2ª noite do Grito começou as 20:40h. A banda Bellini subiu no palco pra mostrar seu pop rock com influências de bandas da década de 80. As músicas vão do romantismo a questões sociais. Em seguida subiu a Veludo Branco, rock n’roll sem frescura e virtuosismo, com influências de Black Sabbath e ACDC. Destaque pra calça (?) de Mr Gonzo – Vocal/Guitarra, e a performance erótica no blues “Ela só quer me fazer delirar”. Na seqüência a novata ALT F4 protagonizou a grande surpresa da noite, empolgando o público, com direito a gritinhos de fãns e pulos no melhor estilo HC. Emocore moleque e grudento. Banda cheirando a leite e com futuro promissor. A 4ª banda do 2° dia foi a SHEEP. Já conhecida do público local, destilou seu grunge sincero em músicas como “Quarta”, e toda a melancolia na bela “Palavras ao Vento”, cantada pelo público. Destaque pro carismático Ramon Hiama – Vocal/guitarra, a personificação do ideal grunge, voz de barítono, e o brilho que só os rockstars têm. Alíases, do Amazonas, trouxe um rock n’roll inspirado no british rock, flertando com sons psicodélicos sem soar clichê. Destaque pro solo do batera Thiago “Abominável”, energia pura, sendo ovacionado pelo público. Em seguida veio a banda Mr Jungle, veterana da cena local e a mais expressiva banda do Estado com CD prestes a chegar no mercado, e um currículo que inclui participação nos principais festivais da Região Norte e Centro-Oeste. Com seu hard rock tocou fogo no público, que já canta grande parte de suas músicas. Destaque pra Jon Nelson – Bateria, o mais promissor batera local, e pra Diego Moita – Guitarra, com a competência poser de sempre quase destruindo sua stratocaster no fim do show. Sodabilly chegou do Amazonas, trazendo seu Rockabilly, costeletas e Topetes a lá Elvis Presley fazendo todos dançarem com seu repertório alternado de cover’s e suas músicas. Power trio competente e seguro. Destaque pra invasão do palco do público, que embalados ao som de “Johnny B. Goode”, transformou o palco da praça Velia Coutinho, no salão de festas do clássico “De volta para ao futuro”. Memorável. Pra fechar a noite e o Festival, as duas da manhã de domingo, Underflow, também do Amazonas, subiu no palco e detonou uma lapada atrás da outra sem piedade. Além de tocar suas músicas, com pegadas de hardcore (não aquele emo hypado que rola hoje nas MTV’s da vida) e punk, mandou ver no cover de “Itacoatiara” da extinta banda Platinados do Amazonas, além de Purple Haze botando os sobreviventes que ainda permaneciam no festival pra bater cabeça e ficar com pescoços doloridos.

As três da manhã de domingo terminava a 1° edição do Grito do Rock Boa Vista, com a clara sensação de alma lavada (da Organização, das bandas e do público) e com a certeza de dever cumprido. Foram mais de 12 horas de rock n’roll para todas as tribos. Afirmo com toda segurança que este foi o maior e mais bem estruturado festival de rock que Boa Vista já prestigiou, com bandas de qualidade indiscutível e profissionalismo, organização articulada, presença de público além das expectativas e cobertura total da mídia local.

Enfim a independência do Rock Roraimense, com orgulho e merecimento!

* Victor Matheus é radialista e guitarrista/vocal da banda Veludo Branco e um dos colaboradores do Coletivo Tomarrock.
Email: mrgonzo21@gmail.com

Monday, February 11, 2008

#61 - Comunicado
Grito Rock Vilhena RO 2008 CANCELADO
A edição vilhenense do Festival Grito Rock América do Sul foi definitivamente cancelada hoje após reunião da organização para deliberação sobre o evento em nossa cidade. O fator que pesou mais em nossa decisão é a incerteza que temos em relação à realização deste evento, da forma como está a expectativa dele hoje.
No percurso desde setembro do ano passado quando demos os primeiros passos em prol da realização da edição 2008 do evento enfrentamos alguns problemas, que afetam não só a cena local, mas várias em todo o país.
Sem alongar muito, gostaríamos de nos desculpar novamente pelos transtornos que causamos, principalmente com as bandas, mas optamos em não realizar o evento em vista que se o fizéssemos nas atuais condições os resultados poderiam não ser interessantes, tanto para as bandas quanto para o público.
Na última reunião do Coletivo em 2007, após a realização do Vilhena Rock Festival, decidimos que certos padrões deveriam ser adotados, principalmente no que tange à qualidade e infra-estrutura. Embora tenhamos nos esforçado não atingimos o nível de excelência que acreditamos que um festival como o Grito Rock possa ser realizado.
E fica aqui o compromisso do Coletivo de que em breve pretendemos corrigir esta falha.
Ass. João Carlos Regert Neto
Coletivo Vilhena Rock

ABRAFIN divulga calendário oficial
A ABRAFIN criada em 2005 surgiu com o propósito de reunir produtores em prol da música independente. Entre as diversas ações da Associação Brasileira de Festivais Independentes está a elaboração do calendário unificado de festivais, proporcionando assim possibilidades maiores de circulação de bandas, produtores e jornalistas.
O calendário de festivais para 2008 conta com a presença de sete novos festivais em relação à 2007, entre eles o Casarão (Porto Velho/RO), que será realizado no mês de maio. Siga a programação:

Humaitá Pra Peixe
Rio de Janeiro (RJ)
04 a 31 de janeiro
www.humaitaprapeixe.com.br

Grito Rock América do Sul 2008
50 cidades
26 janeiro a 08 de fevereiro (24 de fevereiro)
www.gritorock.com.br

Psycho Carnival 2008
Curitiba (PR)
01 a 04 de fevereiro

Recbeat
Recife (PE)
02 a 05 de fevereiro
www.recbeat.uol.com.br

VI Festival de Rock Feminino
Rio Claro (SP)
14 e 15 de março
www.rockfeminino.org

5º Tendencies Rock Festival
Palmas (TO)
14 e 15 de março
www.tendenciesrock.com.br

8° Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe
Belo Horizonte (MG)
17 a 22 de março

Abril Pro Rock 2008
Recife (PE)
10 a 12 de abril

7° ELETRONIKA - Festival de Novas Tendências Musicais
Belo Horizonte (MG)
15 a 18 de maio

Festival Casarão Ano IX
Porto Velho (RO)
16 a 18 de maio

4º PMW Rock Festival
Palmas (TO)
19 e 20 de maio

Bananada 2008
Goiânia (GO)
23 a 25 de maio

Porão do Rock 2008
Brasília (DF)
30 e 31 de maio

Festival DoSol
Natal (RN)
07 e 08 de junho
www.festivaldosol.com

Boombahia
Salvador (BA)
12 e 13 de julho

PONTO.CE
Fortaleza (CE)
11 e 12 julho

Festival DoSol
Natal (RN)
11 a 13 de julho
www.festivaldosol.com

Semus - Semana da Musica de Matogrosso
Cuiabá (MT)
23 a 30 de julho
www.semus.blogger.com.br

MADA 2008
Natal (RN)
07 a 09 de agosto
www.festivalmada.com.br

VI Festival Calango de Artes Integradas
Cuiabá (MT)
15 a 17 de agosto
www.festivalcalango.com.br

Feira da Música 2008
Fortaleza (CE)
13 a 16 de agosto
www.feiradamúsica.com.br

Consciência Hip Hop
Cuiabá (MT)
21 a 23 de agosto

7º Vaca Amarela
Goiânia (GO)
05 e 06 de setembro

Mostra Internacional de Música em Olinda - MIMO
Olinda (PE)
01 a 07 de setembro
www.mimo.art.br

Jambolada 2008
Uberlândia (MG)
12 a 14 de setembro
www.jambolada.com.br

Festival Varadouro 2008
Rio Branco (AC)
26 e 27 de setembro

Festival Demo Sul 2008
Londrina (PR)
17 e 18 de outubro

XIV Goiânia Noise Festival
Goiânia (GO)
20 a 23 de novembro
www.festivalgoianianoise.com.br

Senhor F Festival
Brasília (DF)
21 e 22 de novembro
www.senhorf.com.br

Evidente
Rio de Janeiro (RJ)
12 a 14 de dezembro

Friday, February 08, 2008

#60 - Protagonismo juvenil

“I Conferência de Juventude vai traçar novos rumos para os jovens de Rondônia”


Desde o dia 05 de novembro que o governo do estado, através da Casa Civil, senador Expedito Júnior e vários setores da sociedade estão empenhados na I Conferência Estadual da Juventude. O evento está acontecendo em vários municípios do estado.


Nova União, que fica na região de Ouro Preto, foi onde ocorreram as primeiras discussões sobre o assunto. Os próximos serão: Rolim de Moura, Ouro Preto, Cacoal, Pimenta Bueno, Vilhena, Ji-Paraná, Mirante da Serra, Ariquemes e por último em Porto Velho. Na capital o evento acontecerá nos dias 06, 07 e 08 de março. A intenção do governo do estado é abranger os 52 municípios. Para isso espera a disponibilidade das outras prefeituras.


De acordo com o chefe da Casa Civil, Joarez Jardim, nessas discussões que ocorreram no interior já surtiu efeito. Foram apresentados vários projetos em prol da juventude. Projetos que vão proporcionar incentivos aos jovens nas áreas do esporte, cultura, lazer, saúde, educação, emprego, entre outras.


A conferência vem de encontro com o anseio do governador Ivo Cassol, cuja juventude tem sido uma de suas grandes preocupações desde que assumiu o governo de Rondônia. “O estado tem hoje 129 mil jovens. Estamos na década da juventude e a intenção é que eles se integrem à sociedade, uma vez que são o futuro do nosso país, mas para isso é preciso incentivo e isso deve partir de todos os setores ”, destaca Cassol.


Os projetos apresentados na Conferência serão encaminhados ao governador Ivo Cassol, que juntamente com a equipe do governo escolherão os melhores a serem desenvolvidos no Estado. Joarez Jardim informou que a intenção do governo do estado é criar uma coordenadoria da juventude para tratar melhor sobre esse setor.


Fonte: Assessoria do Governo de Rondônia (07/02/2008)
Link: http://www.vilhenaagora.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2681&Itemid=71


Em Vilhena a Conferência da Juventude não tem data marcada até o momento, mas será até o fim de fevereiro, pois a série de debates se encerra no começo de março, conforme nota da assessoria, em Porto Velho. A Câmara de Vereadores daqui enviará um requerimento para marcar a data o mais breve o possível.


Fica a dica para os jovens de Vilhena e região se informarem sobre as atividades desta Conferência e também participarem dos debates e apresentarem seus projetos.

Thursday, February 07, 2008

#59 - Comunicado:

O Coletivo Vilhena Rock vem por meio deste informar que infelizmente não poderá contar com as bandas convidadas de outros municípios no Festival Grito Rock devido à nova realidade que surgiu com a instalação da delegacia regional da Ordem dos Músicos do Brasil.

Segundo a instituição mencionada desde o dia 16/01 o evento que não estiver de acordo com as normas da OMB poderá sem embargado e seus músicos poderão ser multados. Apesar do coletivo se posicionar contra a tais normas não temos garantias legais de que possamos realizar o evento da forma que está, portanto para não acarretar possíveis transtornos financeiros para os músicos que vierem de fora decidimos realizar o evento apenas com bandas locais.

Infelizmente durante o processo de produção do festival tivemos vários revezes que nos fizeram alterar a data do evento, coisa que de forma alguma não queríamos que acontecesse, afinal temos compromisso com as bandas e principalmente o público.

Por fim, gostaríamos de afirmar que realizaremos o festival nas datas planejadas (23 e 24 de fevereiro), possivelmente com a alteração do local, devido à impossibilidade de se cobrar ingressos para a realização do festival (estamos atrás disso, queremos reverter), inviabilizando o aluguel do local pensado anteriormente.

Assinamos o repúdio pela forma de instalação da delegacia aqui em Vilhena, sem sequer haver uma reunião para esclarecimento aos músicos. Consideramos tal atitude como arbitrária e de má fé, por isso vamos atrás de nossos direitos como músicos e cidadãos, afinal temos por lei a garantia: "É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença". – CF Art. 5º IX.

Agradecemos a atenção e esperamos por melhores dias,

Coletivo Vilhena Rock